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Pressão baixista no mercado do boi gordo

por Fabio Lucheta Isaac
Quinta-feira, 6 de setembro de 2007 -09h49
A pressão baixista no mercado do boi gordo permanece forte, principalmente no Brasil Central, onde a disponibilidade de animais para abate, com destaque para Minas Gerais, Goiás e Mato Grosso, realmente melhorou.

Nas regiões Norte, Nordeste e Sul, onde tem pouco boi confinado e quase nada de boi a termo, as ofertas de animais terminados permanecem reduzidas. Qualquer tentativa de recuo é rechaçada pela paralisação dos negócios.

Mas no Rio Grande do Sul espera-se um ligeiro aumento de oferta, à medida que os campos comecem a ser liberados para o plantio de grãos.

Voltando ao Brasil Central, vale lembrar que ao longo de praticamente todo o primeiro semestre o mercado trabalhou em ambiente firme. Em São Paulo, por exemplo, o boi gordo começou o ano cotado a R$54,00/@ e alcançou R$61,00/@ em junho.

Se na safra não tinha boi, é na entressafra que ele vai aparecer? Difícil. O mercado está sendo abastecido, hoje, pelo boi de cocho, algo entre 2,5 a 3 milhões de cabeças, num país onde o abate mensal supera com folga esses números.

A tendência, portanto, é que volte a faltar gado em São Paulo e praças vizinhas tão logo os confinamentos cheguem ao fim. A estratégia das indústrias é tentar derrubar ao máximo as cotações da arroba agora. (FTR)