Scot Consultoria
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Oferta reduzida de carne bovina no atacado sustenta os preços aquecidos

por Fabio Lucheta Isaac
Sexta-feira, 24 de agosto de 2007 -10h20
A dificuldade dos frigoríficos em preencher a escala de abate com boi gordo ou vaca gorda, observada desde o início da entressafra, forçou as indústrias a diminuírem o volume da matança diária. O resultado imediato foi a queda da disponibilidade de carne bovina com osso no atacado, e os preços subiram.

O preço médio do traseiro bovino neste mês (até dia 23), de R$4,88/kg, é o patamar mais alto observado desde o início do levantamento da Scot Consultoria do mercado atacadista, em 1996, quando não se considera a inflação.



O principal fator de sustentação para o preço da carne bovina no atacado é oferta ajustada à demanda, devido à queda no volume de animais abatidos. As vendas, entretanto, seguem aquém do esperado.

É interessante observar que o preço médio atual está 2,1% acima do observado em outubro de 2006, quando o boi gordo atingiu o pico de preço na entressafra no ano passado. No comparativo com agosto de 2006, o preço atual está 16,8% mais alto.

Diante da expectativa de aumento na oferta de gado terminado, conforme os confinamentos liberem mais animais, espera-se que a disponibilidade de carne no atacado aumente, mas não há espaço para recuo significativo nas cotações no curtíssimo prazo. (LMA)