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Sistemas agrossilvipastoris na região Norte brasileira

por Rogério Lopes Banin
Terça-feira, 28 de agosto de 2012 -15h55

Sistemas de integração lavoura, pecuária e floresta (ILPF) que eram pouco comuns na região amazônica hoje já fazem parte do agronegócio regional.


As integrações dos sistemas se iniciaram nos cerrados, na década de 60, quando os produtores consorciavam arroz de terras altas com algumas espécies de braquiária com o objetivo de reduzir custos na formação de pastagens. 


Porém a grande valorização das terras no Cerrado somado a procura por áreas planas e extensas, com solos potencialmente produtivos, disponibilidade de água e clima propício, com dias longos e elevada insolação, projetam o Norte como região de expansão do agronegócio para as próximas décadas.


Reforma de pastagens com agricultura e pecuária intensiva em áreas de floresta de Teca como mostram as figuras abaixo já fazem parte do novo cenário do sul do Pará.



Roças de milho, soja, feijão Caupi e arroz além de extensas áreas de eucalipto já predominam no Amapá, mostrando que é viável técnica e economicamente conduzir estas culturas na região Norte.


Estes sistemas agrícolas, conduzidos por experientes agricultores, podem ser ainda consorciados com pastagens intensivas, o modelo só não é largamente explorado uma vez que o status sanitário do estado inviabiliza a intensificação pecuária.


Extensas florestas de eucalipto acima de 100 mil hectares são plantadas no Amapá para geração de energia, mostrando assim o potencial madeireiro das áreas.


Fazendas no município de Porto Grande, AP, região madeireira, que já foram desmatadas estão dando lugar a pastos cultivados para exploração de pecuária semi-intensiva consorciada com agricultura.




O estudo “Projeções do Agronegócio 2011/2012 a 2020/2021” idealizado pelo MAPA, as integrações já existentes como mostrado acima, os trabalhos conduzidos pela EMBRAPA para a ILPF no bioma amazônico, além do incentivo do governo com o programa ABC mostram que os sistemas agrossilvipastoris na região Norte já é uma realidade e deve transformar cada vez mais a paisagem local.


 


Prospecções de terras e projetos de viabilidade econômica são conduzidos para a região, que se mostra cada vez mais promissora para o agronegócio sustentável.