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Fiasco de Doha é alívio para pecuaristas irlandeses
por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 27 de junho de 2007 -09h21
Adivinhe quem está "aliviado" com o fiasco na Rodada Doha: o agricultor da Irlanda. Os produtores irlandeses não se cansavam de afirmar que o comissário europeu do comércio, Peter Mandelson, se preparava para "entregar" o mercado europeu para a carne brasileira.
"Produtores de carne aliviados com o colapso na Organização Mundial do Comércio", destacou ontem o jornal "Irish Independent". Os irlandeses mantém, em todo caso, o combate contra a carne brasileira, que acusam de todos os males, escondendo porém o maior deles: a competitividade e a qualidade.
Enquanto os irlandeses se acalmam, achando que a negociação na OMC não avançará mesmo, negociadores brasileiros continuam suspeitando que os Estados Unidos fizeram um acordo secreto com a União Européia, pela qual obteriam uma boa cota (com tarifa menor) para seus exportadores de carne. O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi o primeiro a levantar a suspeita, notando que, embora a cota deva ser global - para todos os países -, há mecanismos "para manipular" e favorecer um parceiro.
A União Européia resiste muito a dar o volume de cotas exigido pelo Brasil, mas prometia passar boa parte do volume extra-cota (com tarifa maior) para a intracota (com taxa menor). Agora, sem acordo, nem isso.
Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. 27 de junho de 2007.
"Produtores de carne aliviados com o colapso na Organização Mundial do Comércio", destacou ontem o jornal "Irish Independent". Os irlandeses mantém, em todo caso, o combate contra a carne brasileira, que acusam de todos os males, escondendo porém o maior deles: a competitividade e a qualidade.
Enquanto os irlandeses se acalmam, achando que a negociação na OMC não avançará mesmo, negociadores brasileiros continuam suspeitando que os Estados Unidos fizeram um acordo secreto com a União Européia, pela qual obteriam uma boa cota (com tarifa menor) para seus exportadores de carne. O ministro das Relações Exteriores Celso Amorim foi o primeiro a levantar a suspeita, notando que, embora a cota deva ser global - para todos os países -, há mecanismos "para manipular" e favorecer um parceiro.
A União Européia resiste muito a dar o volume de cotas exigido pelo Brasil, mas prometia passar boa parte do volume extra-cota (com tarifa maior) para a intracota (com taxa menor). Agora, sem acordo, nem isso.
Fonte: Valor Econômico. Agronegócios. 27 de junho de 2007.