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Em dois anos 120 frigoríficos fechados e 13.000 desempregados
por Douglas Coelho
Segunda-feira, 16 de janeiro de 2012 -09h31
O presidente da Cámara de la Industria y Comercio de Carnes y Derivados (CICCRA) da Argentina, Miguel Schiaritti, disse no dia 13/1, que nos últimos dois anos foram fechados 120 frigoríficos e ficaram sem emprego cerca de 13 mil funcionários no país. Ele ainda comentou que embora não tenha nenhuma informação oficial dos próximos fechamentos, "certamente haverá outros, esperamos que não, mas esta será uma crise muito longa”.
“Não só as medidas tomadas pelo governo argentino foram impactantes para a cadeia produtiva da carne bovina, em 2009 a forte seca contribuiu para o aumento do abate de animais, além das perdas nos índices zootécnicos do rebanho.”
Schiaritti explicou ao ediciónrural.com, que "se os preços atuais no mercado externo permanecerem competitivos, o rebanho pode ter uma recuperação nos próximos cinco anos. Se isso não acontecer, a situação pode se agravar ainda mais". Disse que a fim de ajudar os pecuaristas "o poder executivo deveria liberar crédito com três anos de carência, para que os produtores possam reingressar no mercado, e aqueles que já estão inseridos, aumentarem seus rebanhos”.
Após a última reunião da CICCRA, os relatórios mostraram um recuo de quase 6% no consumo de carne bovina. Schiaritti que também é vice-presidente do Instituto de Promoción de la Carne Vacuna Argentina (IPCVA), falou que “isto se trata de uma queda na produção de carne, e os reflexos são os recuos no consumo”.
“Com exceção de 2006, os abates em 2011 foram os mais baixos registrados desde 1974. O rebanho argentino que em março de 2007 era de 58 milhões de cabeças caiu para 48 milhões no mesmo mês do último ano”.
Em 2011, a produção de carne bovina no país caiu 9% em relação 2010 e 33% frente a 2009, quando o consumo per capita era de 60 quilos. Por fim, ele acrescentou que todo este cenário gerou um aumento de 180% nos preços da carne bovina.
Publicado no EdiciónRural.com em 13 de janeiro de 2012. Traduzido, adaptado e comentado por Douglas Coelho, zootecnista e analista de mercado da Scot Consutoria.
“Não só as medidas tomadas pelo governo argentino foram impactantes para a cadeia produtiva da carne bovina, em 2009 a forte seca contribuiu para o aumento do abate de animais, além das perdas nos índices zootécnicos do rebanho.”
Schiaritti explicou ao ediciónrural.com, que "se os preços atuais no mercado externo permanecerem competitivos, o rebanho pode ter uma recuperação nos próximos cinco anos. Se isso não acontecer, a situação pode se agravar ainda mais". Disse que a fim de ajudar os pecuaristas "o poder executivo deveria liberar crédito com três anos de carência, para que os produtores possam reingressar no mercado, e aqueles que já estão inseridos, aumentarem seus rebanhos”.
Após a última reunião da CICCRA, os relatórios mostraram um recuo de quase 6% no consumo de carne bovina. Schiaritti que também é vice-presidente do Instituto de Promoción de la Carne Vacuna Argentina (IPCVA), falou que “isto se trata de uma queda na produção de carne, e os reflexos são os recuos no consumo”.
“Com exceção de 2006, os abates em 2011 foram os mais baixos registrados desde 1974. O rebanho argentino que em março de 2007 era de 58 milhões de cabeças caiu para 48 milhões no mesmo mês do último ano”.
Em 2011, a produção de carne bovina no país caiu 9% em relação 2010 e 33% frente a 2009, quando o consumo per capita era de 60 quilos. Por fim, ele acrescentou que todo este cenário gerou um aumento de 180% nos preços da carne bovina.
Publicado no EdiciónRural.com em 13 de janeiro de 2012. Traduzido, adaptado e comentado por Douglas Coelho, zootecnista e analista de mercado da Scot Consutoria.