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PIB menor

por Reinaldo Cafeo
Sexta-feira, 26 de agosto de 2011 -11h09
O ministro da Fazenda, Guido Mantega, veio a público alertar que a riqueza deste ano deve ser menor. O crescimento do Produto Interno Bruto pode ficar mais próximo dos 4% do que dos 4,5% inicialmente previsto.

É na prática uma declaração de alerta. O ambiente externo está revestido de incertezas, as projeções apontam para recessão, para recuperação lenta nos Estados Unidos e vários países da Europa e até mesmo da Ásia.

Mercado internacional estreito dificulta a colocação dos produtos brasileiros no exterior, e o mercado interno seria a salvação do desempenho das empresas, mas não há internamente capacidade para absorver o excedente produtivo.

O Brasil está na mesma posição da crise internacional de 2008 e 2009. Não é o centro do problema, mas será atingido, mesmo que marginalmente.

Os instrumentos para minimizar o impacto interno já são conhecidos: redução de tributos em setores com importante cadeia produtiva, queda nos juros, aumento da liquidez do sistema, controle dos gastos públicos, entre outros.

O Brasil continua blindado e só não se sairá bem se for soberbo, acreditando que é uma “marolinha” e não fazendo a lição de casa. Isso seria muita incompetência.

Quanto aos agentes econômicos a palavra é de alerta. Não é necessário entrar em clima de pessimismo, mas vale a mesma leitura do setor público: ser proativo, antecipar cenários, trabalhar preventivamente.

As organizações que conseguem fazer uma leitura adequada do ambiente econômico e conseguem impactar em seus negócios, com planejamento, traçando cenários, saem na frente e contornam momentos ruins da economia com muita tranquilidade. São estas questões que efetivamente fazem a diferença na gestão, em todos os setores.

O pronunciamento de Mantega confirma que a inércia não é a melhor opção.