Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Rebanho nos EUA: nenhuma expansão à vista

por Fabio Lucheta Isaac
Sexta-feira, 13 de abril de 2007 -10h05
O setor pecuário norte-americano, segundo informações do site Cattlenetwork, tem sido lucrativo desde 1999 e o retorno da atividade nos últimos três anos foi o mais alto que a indústria experimentou nos últimos 25 anos.

Grosso modo, seguidos anos rentáveis deveriam ser suficientes para encorajar os produtores a aumentar o tamanho do rebanho, começando pela retenção de bezerras e novilhas. Mas não é isso que está acontecendo nos Estados Unidos.

Nos primeiros três meses de 2007, o abate (gado de corte e descarte de leite) foi cerca de 15% maior que em 2006. O aumento no abate de animais para a produção de carne foi de 17% em relação a 2006 e, para os animais leiteiros, houve aumento de aproximadamente 13% no abate nos primeiros meses de 2007.

Entretanto, para verificar se está ocorrendo realmente diminuição do rebanho, é necessário mensurar o abate de machos e fêmeas. Quando o abate de fêmeas excede o abate de machos, há indicação de que está ocorrendo liquidação do rebanho. Quando o abate de fêmeas cai abaixo do abate de machos, a reposição do rebanho geralmente está acontecendo.

Até o momento o abate de fêmeas vem se mantendo próximo a 97% do abate de machos, ou seja, os produtores mantêm o nível do rebanho dos últimos anos.

Até o momento, o que mais interfere na decisão de aumento ou diminuição do rebanho nos Estados Unidos é a produção de forragem durante o verão. Se a produção aumentar, provavelmente o rebanho será mantido, mas se as condições climáticas não ajudarem, provavelmente haverá diminuição do rebanho.

Com o preço do milho pressionado devido ao aumento da demanda para a produção de etanol, a produção de forragens será ponto decisivo para o aumento ou diminuição de rebanho em 2007. (MGT)