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Alimentos para o mundo

por Alma
Quarta-feira, 12 de agosto de 2009 -09h45


Andei revirando uma coleção de moedas antigas que tenho em casa. Comecei com uma de um cruzeiro, a coisa foi crescendo, fui herdando trocos de viagens e moedas de tios, tias e avós e acabei virando um numismata amador.

Achei essa hoje por acaso. É uma moeda brasileira de 5 centavos de 1976. É de uma série produzida pela Casa da Moeda com o tema Alimentos para o Mundo.

Acreditava-se então que o Brasil poderia vir a ser o celeiro do mundo, produzindo alimentos que a escalada demográfica fatalmente iria demandar.

Nesta aparece um boi representando o alimento carne.

Vem de um tempo em que pioneiros eram incentivados a se instalar nas fronteiras agrícolas do país, a derrubar a mata e levar civilização aos rincões esquecidos do país.

Integrar para não entregar era o mote do governo militar.

Em Rondônia chegava-se a oferecer um lote de terra grátis se toda a mata do seu lote tivesse sido derrubada.

Era certo isso?

Não podemos julgar as ações daquele tempo com o conhecimento que temos hoje. Sabemos hoje da importância das florestas tropicais, das matas ciliares e da preservação da biodiversidade. Naquele tempo a coisa era diferente. Nossa prioridade era a conquista de um território inexplorado.

Por esse motivo não podemos condenar hoje as pessoas que naquele tempo foram incentivadas a ocuparem as áreas de fronteira na Amazônia e em outros territórios como o Mato Grosso e o Oeste paranaense.

Hoje esses pioneiros que garantiram nossa integridade territorial e que ajudaram o Brasil a assumir a vocação hoje reconhecida de maior produtor de alimentos do mundo são tratados como os vigaristas destruidores do meio ambiente.