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Ata do Copom: há espaço para queda
por Reinaldo Cafeo
Sexta-feira, 27 de abril de 2007 -17h41
Prefiro interpretar o conteúdo da ata do Copom otimistamente. A própria votação dos membros do Comitê de Política Monetária, que apontou divisão no tocante a velocidade da queda dos juros básicos no Brasil, é um bom indicativo.
Na prática entendo que passou da hora de ousar mais. O imperativo é privilegiar o lado real da economia, isto é, a geração de bens, serviços e emprego.
Juros básicos menores estimulam o setor produtivo, permitindo acionar o acelerador do investimento.
Outro ponto importante da queda dos juros é no sentido de permitir um realinhamento da taxa de câmbio. Com risco-país se situando na casa dos 150 pontos, oferecer um elevado prêmio (o maior do mundo) aos investidores em títulos do governo é no mínimo contraditório. Juros menores redirecionam a demanda e oferta pela moeda estrangeira.
Se todos os indicadores apontam para melhoria significativa da economia nacional e se ainda não se observa reflexo desses bons indicadores no mundo real, notadamente na queda da taxa de desemprego, algo mais consistente deve ser realizado.
Se juros básicos serviram até agora ao interesse da estabilidade de preços, chegou o momento de mudar o rumo das coisas.
Na verdade, o conjunto da política monetária precisa ser revisto, afinal juros elevados, compulsório nas alturas, entre outras variáveis, não permitem uma sinalização de crescimento mais contundente.
Fica ao menos o alento: a ata do Copom indica que o Banco Central poderá ousar mais. O tempo dirá.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado
em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do
Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas
econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru,
perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível
(perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências
Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do
Escritório de Economia ECONOMI@ Online.
Na prática entendo que passou da hora de ousar mais. O imperativo é privilegiar o lado real da economia, isto é, a geração de bens, serviços e emprego.
Juros básicos menores estimulam o setor produtivo, permitindo acionar o acelerador do investimento.
Outro ponto importante da queda dos juros é no sentido de permitir um realinhamento da taxa de câmbio. Com risco-país se situando na casa dos 150 pontos, oferecer um elevado prêmio (o maior do mundo) aos investidores em títulos do governo é no mínimo contraditório. Juros menores redirecionam a demanda e oferta pela moeda estrangeira.
Se todos os indicadores apontam para melhoria significativa da economia nacional e se ainda não se observa reflexo desses bons indicadores no mundo real, notadamente na queda da taxa de desemprego, algo mais consistente deve ser realizado.
Se juros básicos serviram até agora ao interesse da estabilidade de preços, chegou o momento de mudar o rumo das coisas.
Na verdade, o conjunto da política monetária precisa ser revisto, afinal juros elevados, compulsório nas alturas, entre outras variáveis, não permitem uma sinalização de crescimento mais contundente.
Fica ao menos o alento: a ata do Copom indica que o Banco Central poderá ousar mais. O tempo dirá.
Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado
em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é Conselheiro do
Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas
econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru,
perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível
(perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências
Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do
Escritório de Economia ECONOMI@ Online.