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PIB, Bolsa e Banco Central

por Reinaldo Cafeo
Segunda-feira, 5 de março de 2007 -09h19
O ambiente econômico está conturbado. Bolsa em queda, divulgação de indicadores econômicos e mudanças no Banco Central.

No ambiente externo chama a atenção o ajuste do preço dos ativos financeiros na China. Vem ocorrendo uma acomodação previsível, mas que ninguém admitia que poderia ser neste momento. Bastou um sinal do governo chinês para gerar oscilações significativas nas principais bolsas do mundo. Neste caso, mesmo com as incertezas, há um lado positivo: os preços dos ativos naquele país tenderão para seu preço real, deixando de lado a sobrevalorização existente.

No ambiente interno, em meio a esta turbulência, podemos avaliar que o mercado brasileiro se comportou bem. O excesso de conservadorismo das autoridades monetárias, pasmem, foi positivo. Até o pífio crescimento do Produto Interno Bruto, que ficou em 2,9%, foi ofuscado. O mercado internacional forneceu elementos para as cansativas justificativas do governo em controlar a economia com excesso de austeridade.

E é neste ambiente que o Banco Central brasileiro começa a alterar os nomes de sua Diretoria Executiva e ainda terá importante reunião do Comitê de Política Monetária.

O indicativo que a cautela seja a tônica da reunião, o que quer dizer, redução significativa dos juros agora não.

Com tantas incertezas o momento da economia é para reflexão e ao mesmo tempo paciência.

Reinaldo Cafeo - 44 anos, economista, professor universitário, pós-graduado em Engenharia Econômica, mestre em Comunicação. Atualmente, é delegado do Conselho Regional de Economia - CORECON, consultor empresarial nas áreas econômico-financeira, diretor da Associação Comercial e Industrial de Bauru, perito habilitado para atuar em processos na Justiça do Trabalho e Cível (perícia econômico-financeira), vice-diretor da Faculdade de Ciências Econômicas, comentarista econômico da TV GLOBO e da 94fm Bauru e Diretor do Escritório de Economia ECONOMI@ Online.