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O Banco Central e sua “parcimônia”

por Reinaldo Cafeo
Terça-feira, 12 de setembro de 2006 -18h52
Parcimônia palavra originária do latim que quer dizer “economia minuciosa de pequenas coisas”. Esta é a expressão mais utilizada pelos técnicos do Banco Central brasileiro quando se referem a política monetária.

A ata do Comitê de Política Monetária, divulgada na última sexta-feira, indica que, mesmo com inflação sob controle, com pífio crescimento econômico, o Banco Central continuará “parcimonioso”.

Quais sinais efetivos a autoridade monetária precisa para se render a realidade, de que não é preciso uma taxa de juros tão elevada para controlar a inflação brasileira? Até mesmo o capital estrangeiro não precisa de tamanho retorno, posto que o país que ocupa a segunda posição em termos de juros reais remunera praticamente a metade dos juros brasileiros.

Enquanto o Banco Central é parcimonioso o desemprego cresce, o investimento privado cai, o consumo das famílias fica parado e perdemos o bonde da história, não aproveitando a boa maré de crescimento do resto do mundo.

Talvez a palavra parcimônia pudesse ser trocada por teimosia, esta sim a característica principal dos técnicos do governo.