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Pacote bancário: será que os juros caem?

por Reinaldo Cafeo
Sexta-feira, 8 de setembro de 2006 -11h27
O Conselho Monetário Nacional (CMN) anunciou na última terça-feira um “pacote” de medidas que visa baratear o custo do dinheiro.

O objetivo é permitir ao cliente bancos maior flexibilidade na opção de qual instituição financeira manterá seu relacionamento comercial. Entre as decisões destacamos a criação obrigatória da conta-salário, que poderá a qualquer tempo migrar para outra instituição bancária.

No “pacote” haverá mais transparência na concessão de crédito, diminuindo o risco das operações e com ele espera-se menor custo do dinheiro.

Em resumo: a conta-salário será finalmente administrada pelo trabalhador, pois ele é quem escolherá a instituição bancária que pretende se relacionar. Com isso ele leva consigo o seu cadastro, que por sinal, será positivo, ou seja, dará a dimensão do crédito que o correntista poderá usufruir e não negativo, como é hoje.

Tudo isto para janeiro do ano que vem.

Confesso que esperava mais. Não há nada que force os bancos a emprestarem mais e a um custo menor. Os atuais 32% de crédito sobre o PIB é muito pouco. Além do mais somos sabedores do oligopólio (poucas empresas) do setor bancário brasileiro o que inibe maior concorrência.

A taxa de juros, se cair, não será sentida pelo correntista.

Resultados práticos seriam alcançados com a queda dos juros e do depósito compulsório, mas isto nem foi tratado pelo governo.