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Os indicadores econômicos e sociais versus ética na política

por Reinaldo Cafeo
Quinta-feira, 8 de junho de 2006 -11h18
O atual governo dispõe de elementos mais que suficientes para alardear aos quatro cantos que o país está em um bom momento.

É certo que o modelo atual segue a base do plano real concebido há 12 com algumas alterações de rumo, mas também é certo que houve avanços.

A inflação converse para a meta fixada na casa dos 4,5% ao ano; o Produto Interno Bruto cresceu menos que o resto do mundo, mas poderá chegar aos 4% neste ano; o resultado do setor externo ainda é favorável, com superávit comercial previsto para 38 bilhões de dólares; no âmbito social: o bolsa escola, a bolsa família, a estabilidade de preços, a melhoria do salário mínimo, garantem maior poder aquisitivo da população menos favorecida.

Temos problemas localizados na agricultura, pressão na classe média, entretanto, entretanto ao olhar a floresta e não os vegetais isoladamente há uma percepção de melhoria.

A pergunta é: esses indicadores podem se sobrepor à questão ética? Voltaremos à velha prática de optarmos pela vala comum, de “roubaram, mas fizeram?” Ou ainda admitir: falam de corrupção, mas vejam os resultados alcançados...

Não se pode tirar o mérito dos avanços, mas não podemos admitir que a ética seja coisa secundária neste país.

A conclusão que chego é que as duas questões não se excluem, portanto, teríamos melhores resultados se não houvesse tanta corrupção, desvios e desmandos.

Em ano de eleição cuidado com os sofismas.