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O pífio crescimento econômico

por Reinaldo Cafeo
Terça-feira, 28 de fevereiro de 2006 -21h30
Como já era esperado o Produto Interno Bruto brasileiro, que mede a riqueza do país, cresceu modestos 2,3% no ano passado. Esse patamar equivale a metade da média mundial de crescimento. Só para ilustrar, no ano passado a China cresceu 9,9%, a Argentina 9,1%, a Rússia 6,4%, os Estados Unidos 3,5%.

A crise política e os juros elevados podem ser apontados como os vilões da economia nacional.

É um patamar no mínimo decepcionante. Em um país que os indicadores sociais são sofríveis, não adianta alegar que a inflação está sob controle, que o risco país é um dos menores da história e tampouco que há superávit primário e a dívida com o FMI foi equacionada. Precisamos melhorar as condições internas e sem geração de riqueza não há como mudar esse estado de coisas.

O sinal de alerta já foi dado no final do ano passado. Agora é somente a constatação.

A coisa só não foi pior em função do aumento do consumo interno, que ficou na casa dos 3,1%, contudo, puxado muito mais pelo crédito e muito menos pelo aumento da renda.

Com setores industrial, de serviços e agropecuário crescendo respectivamente 2,5%, 2,0% e 0,8%, não há sociedade que resista.

Em ano de eleição tudo é possível, até mesmo divulgar dados tão desanimadores as vésperas do carnaval para minimizar o impacto da notícia.

Não dá mais para adiar a redução dos juros sob pena de perdermos o curso da história.