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Preço do boi pára de cair, mas notícia sobre gripe derruba papel de frigorífico

por Equipe Scot Consultoria
Quarta-feira, 29 de abril de 2009 -17h28
Com a queda nas cotações da arroba do boi gordo, as compras estiveram mais lentas no fim da última semana. Assim, segundo informações da Scot Consultoria, a pressão de baixa perdeu um pouco da sua força e os preços variaram menos. Em São Paulo, as cotações estiveram entre R$79,00 e R$80,50 por arroba, a prazo, para descontar a contribuição ao Funrural. Além disso, segundo a consultoria, “as boas notícias ligadas às exportações de carne bovina brasileira podem ter ajudado a amenizar a pressão de baixa recentemente registrada”.

De acordo com o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa), o Chile voltará a importar carne bovina in natura de 16 plantas frigoríficas, após três anos e meio com as portas fechadas.

A União Européia também admitiu que poderá reconsiderar algumas das exigências no que diz respeito à rastreabilidade e uma missão brasileira foi enviada à Rússia para negociar o cumprimento de cotas para a exportação.

Apesar da melhora no cenário, o medo de uma epidemia de gripe suína já prejudicou as ações dos principais frigoríficos brasileiros. O JBS, por ser o mais internacionalizado e com maior atuação nos Estados Unidos, viu seus papéis ON (ordinários) recuarem 11,51%, para R$6,15. As ações ON do Minerva, por sua vez, caíram 8,86%, para R$2,47.

Isso ocorre porque, além do problema afetar o setor de carnes como um todo, a perda de regiões para exportar por parte dos Estados Unidos pode direcionar carne suína para o mercado interno norte-americano, pressionando os preços também de carne de frango e carne bovina.

Vacinação

A imunização de bovinos contra a febre aftosa tem início no Maranhão, na próxima sexta-feira, com a primeira etapa da campanha nacional de vacinação contra a doença.

Pecuaristas de todo o estado devem vacinar mais de sete milhões de bovinos, até o dia 31 de maio. Na primeira etapa do ano passado, a cobertura da vacina foi de 93,43% do rebanho. O estado não registra foco da doença, desde 2001, e é reconhecido como área de risco médio.

Fonte: DCI. Agronegócios. 28 de abril de 2009.