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Preço da arroba do boi tem queda na entressafra nos principais mercados

por Equipe Scot Consultoria
Terça-feira, 16 de setembro de 2008 -12h28
Os preços da arroba do boi registraram em queda em 22 praças do país neste segundo semestre, até ontem. A maior baixa ocorreu no sul de Goiás, onde a arroba foi cotada ontem a R$82,00 (-5,7% desde o início de julho). A segunda maior baixa de preços foi registrada no oeste do Maranhão, lá a arroba ontem chegou a R$74,00 (-5,1%). O levantamento foi realizado pela Scot Consultoria.

Na praça de São Paulo, a arroba foi cotada ontem a R$90,00 (-3,2%). Apenas cinco regiões registraram alta nas cotações na entressafra. No topo dessa lista estão Erechim (RS) e Rio de Janeiro, com aumento de 8% (para R$81,00/arroba) e 6,7% (para R$80,00/arroba), respectivamente.

O cenário de baixa de preços em maior número de praças em plena entressafra é explicado pelo aumento dos confinamentos e semi-confinamentos, que permitem maior oferta de animais pelo menos durante os três primeiros meses do segundo semestre. Segundo analistas, o quadro atual é favorável para os frigoríficos, após um primeiro semestre difícil devido à escalada do preço do boi. No entanto, apesar dos preços cedendo em maior número de praças, a média geral de cotações da arroba neste segundo semestre ainda é mais alta do que a média verificada nos primeiros seis meses do ano. Desde o início de julho até ontem, a média chegou a R$92,07/arroba enquanto que, no primeiro semestre, foi de R$79,50/arroba.

“Há pressão nas cotações, mas o impacto é desprezível para os frigoríficos”, opina José Vicente Ferraz, diretor do Instituto AgraFNP. Para o especialista, para que as margens dessas indústrias voltassem pelo menos a patamares “normais”, a arroba deveria estar em média nos R$70,00. “É claro que se trata de uma estimativa grosseira, cada empresa tem sua estrutura de custo e distribuição”. Ferraz não acredita que a arroba possa cair a esse patamar de preços neste ano. A tendência é de novas altas, acredita Ferraz, a partir de meados de novembro, quando há melhoria no consumo interno e redução de oferta dos animais confinados. Fabiano Tito Rosa, da Scot, lembra, que há outros fatores para pressão de alta, como a valorização do dólar e novas demandas, como é o caso do Chile.

Os preços da arroba do boi registraram queda em 22 praças do País neste segundo semestre, até ontem. Esta queda dá um pouco de alívio aos frigoríficos no terceiro trimestre.

Fonte: DCI. Agronegócios. Por Érica Polo. 16 de setembro de 2008.