Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Frigoríficos mantêm margem positiva depois da febre aftosa

por Equipe Scot Consultoria
Quarta-feira, 19 de abril de 2006 -12h47
Dados mostram que de outubro a março, empresa que vendeu carne sem osso faturou mais

Embora a febre aftosa tenha retraído o mercado do boi gordo, as margens dos frigoríficos sobre a venda da carne mantiveram-se positivas, mesmo registrando retração. É o que mostra estudo divulgado pela Scot Consultoria, de Bebedouro.

Os dados revelam que em outubro a margem do frigorífico que vende carne com osso - carcaça, era de 15,4%, índice que caiu para 4,1% em março. Já a indústria que comercializa carne desossada tinha margem de 23,2% em outubro, que baixou para 18,6% em março.
A margem, calculada no mercado interno, é a diferença entre o valor recebido pelo frigorífico na venda da carne e subprodutos e o preço pago ao pecuarista pela arroba, ficando fora os custos de produção.

O consultor da Scot Leonardo Alencar afirma que o frigorífico que vende cortes de carne está mais ligado ao varejo, por isso suas margens oscilam menos, ao contrário do que atua com carcaça, voltado ao atacado.

Entre outubro e março o preço da carne no varejo recuou 15,6%, e no atacado, chegou a cair 39,6%. No período, o valor médio da arroba paga ao pecuarista caiu 9,96%, de R$56,20 para R$50,60.

O faturamento médio por arroba da indústria que vende carcaça caiu 18,78%, de R$64,84 para R$52,66. Na que atua com carne sem osso, a queda foi de 13,3%, de R$ 69,25 para R$ 60,01.

DELALIBERA, Graziela. Frigoríficos mantêm margem positiva depois da febre aftosa. Jornal Bom dia Rio Preto. Economia. 18 de abril de 2006.