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Bois podem deixar de serem embarcados por Belém

por Fabio Lucheta Isaac
Terça-feira, 26 de dezembro de 2006 -09h41
Após uma série de reclamações de vizinhos e comerciantes incomodados com o mau cheiro exalado pelos bois vivos exportados pelo porto de Belém, um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) foi acertado entre a Secretaria de Agricultura e o Ministério Público Estadual do Pará.

A tentativa é de se chegar a uma solução, no prazo de 180 dias, para a exportação dos animais. Uma saída encontrada seria a transferência dos embarques para Outeiro, que fica a 38 quilômetros da capital e tem o dobro de calado do porto de Belém (14 metros). No entanto também haverá problemas com a comunidade e com a infra-estrutura de acesso terrestre.

Mesmo trazendo grandes transtornos à população, as exportações de bois têm sido um bom negócio para Belém. Um total de 20 mil toneladas de bois foram embarcadas para o Líbano em 2005, que compram os animais para submetê-los ao abate halal, que segue os preceitos muçulmanos. Para este ano, a expectativa é de que se exporte cerca de 70 mil toneladas.

As exportações de gado em pé têm, dentro do possível, ajudado a sustentar as cotações da arroba no Estado, sobretudo na região de Paragominas, pois mantêm o nível de oferta mais ajustado. (MBAM)