Nesta primeira semana de julho, quando começa a valer a Instrução Normativa 51, deputados, que acreditam ser líderes em defesa dos pequenos produtores, deverão oficializar, junto ao ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, novo pedido de adiamento das novas normas de produção, coleta e transporte do leite.
Novamente, uma “ode ao contra-senso”.
Em notícia no Jornal Valor Econômico, o deputado Orlando Desconsi (PT-RS) defende o adiamento com base na máxima de que haveria exclusão de pequenos produtores, e que se a IN 51 fosse adiada, possibilitaria enquadrá-los num futuro bem próximo. Defende, coerentemente, que a instrução normativa seja implementada de maneira gradual e de forma educativa.
Ótimo! Porém, o fato é que é exatamente desta forma que a medida vem sendo implementada, lenta e de forma educativa. E justamente porque este debate já foi travado há alguns anos, que a medida foi adiada e está aí; a fatídica data chegou e novamente pede-se para adiá-la.
Se adiar novamente, pedirão outra vez, no futuro que a adiem. E assim, com base nesta “balela”, o setor vai perdendo a oportunidade de se modernizar.
É preciso entender que pequenos e grandes produtores tem o mesmo interesse. Querem resultados!! A diferença entre ambos é apenas a escala de produção.
O pequeno pode ser extremamente profissional e empresarial na produção agropecuária, já existem muitos. O conceito de empresário não depende de tamanho da área.
Este tipo de liderança, que o faz acreditar na diferença entre grandes e pequenos, é questionável.
Que líder tem como objetivo manter seus liderados no fundo do poço? (MPN)