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Aftosa: depois dos esclarecimentos, o que esperar do mercado?

por Fabio Lucheta Isaac
Segunda-feira, 21 de agosto de 2006 -13h34
Foi registrado um novo foco de febre aftosa no Mato Grosso do Sul? Vai saber. A questão é que os testes encontraram vários animais reagentes, mas muitos foram vacinados, mesmo com as orientações a contrário. Então, por via das dúvidas, as regiões de Eldorado, Japorã e Mundo Novo serão mantidas fechadas.

Em síntese, nada mudou. E o mercado que vinha na “lenga-lenga”, será que agora altera o ritmo? Para o curto prazo, parece que não.

O que se observa hoje é o seguinte. Em São Paulo tem pouco negócio, mesmo entre R$56,00/@ e R$57,00/@, a prazo, para descontar o funrural, pelo boi gordo. A maior parte das escalas é formada com animais do Mato Grosso do Sul, adquiridos a R$55,00/@, nas mesmas condições.

Os frigoríficos sul mato-grossenses forçam R$54,00/@, mas conseguem pouca coisa. A tendência, portanto, é que os negócios firmem nos patamares praticados pelos compradores de São Paulo.

A possibilidade de reação existe, mas é preciso considerar que aquele hiato de oferta entre o boi de pasto e o boi de cocho começa a ser suprido pela chegada dos grandes lotes de animais terminados em confinamento. Esse movimento pode não ser suficiente para tirar a sustentação dos preços, mas pode inibir novos reajustes, principalmente em São Paulo.

Se o mercado em São Paulo, que é a praça balizadora, andar de lado, a tendência é que o comportamento se alastre pela maioria das regiões brasileiras.

Esse é o cenário de curto prazo. Ao menos se não pintar nenhuma novidade. (FTR)