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Controle de capital de giro fortalece caixa da Marfrig

Terça-feira, 27 de março de 2012 -16h29
Ainda que tenha amargado um prejuízo de R$138,6 milhões no quarto trimestre do ano passado, a Marfrig conseguiu atacar um dos pontos mais criticados pelo mercado, a incapacidade de gerar de caixa. A companhia, que iniciou uma reestruturação dos negócios em 2011 com foco em redução de custos, melhoria do capital de giro e sinergia de suas operações, obteve uma geração recorde de caixa de R$703,9 milhões no período, impulsionada justamente pela redução do capital de giro, que superou a meta da própria empresa.

“O maior componente da geração positiva de fluxo de caixa foi a redução do capital de giro”, afirmou hoje, em conferência com analistas, o diretor de relações com investidores da Marfrig, Ricardo Florence. Segundo ele, a companhia ultrapassou a meta de R$400 milhões para a redução de giro ao longo do segundo semestre. “Entregamos R$93 milhões dentro do terceiro trimestre e mais R$348 milhões no quarto trimestre”, disse ele.

Florence explica que o melhor desempenho do capital de giro durante o período é resultado da redução de estoques, “típica da indústria como um todo no Brasil”, de maiores prazos em contas a pagar “principalmente em contas de fornecedores globais”, e menores prazos em contas a receber. “Aliado a isso, os impostos a recuperar não cresceram durante o período”, explicou o executivo, que mantém o controle do capital de giro como um dos principais objetivos da Marfrig em 2012.

Além do melhor desempenho do capital de giro, a Marfrig também reduziu as despesas operacionais no quarto trimestre do ano passado, sobre o mesmo período de 2010. No caso das despesas administrativas e gerais, a queda foi de 17,2%, enquanto que as despesas comerciais recuaram 10,4%,

“Parte dessa redução veio do fechamento temporário da capacidade ociosa que tínhamos de plantas no Brasil e parte da própria introdução de equipamentos de mecanização, principalmente para desossa nas plantas da Seara”, afirmou o diretor da Marfrig.

Fonte: Valor Econômico. Por Luiz Henrique Mendes. 26 de março de 2012.