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Carnes podem ter sido estopim para fracasso de Doha

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 26 de julho de 2006 -12h46
Os entraves para o sucesso da Rodada de Doha eram muitos. De um lado, países desenvolvidos buscavam primariamente a abertura de mercado para seus produtos “non-commodities”.

Por outro lado, países em desenvolvimento exigiam a retirada dos subsídios agrícolas dos países desenvolvidos, a fim de tornar o comércio internacional de commodities mais justo.

A principal briga, entretanto, ficou entre os grandes. Os Estados Unidos criticam a falta de abertura de mercado da União Européia, em especial no segmento de carnes.

A UE utiliza um sistema de cotas de importação, totalizando o volume de 160 mil toneladas métricas. Entretanto isso representa uma participação muito pequena do total importado pelo bloco econômico.

Toda a carne importada pela UE fora dessa cota é sobre-taxada, podendo chegar a 80% essa tarifa. Entre as negociações da Rodada de Doha, a UE pretendia reduzir para 61% essa tarifa.

Os EUA criticaram essa postura, e as negociações travaram entre os dois principais participantes. Os maiores prejudicados, entretanto, são os países em desenvolvimento. No segmento de carnes, o maior prejudicado é o Brasil (LMA)