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Banco Mundial vê queda dos preços globais de alimentos

Quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012 -09h18
Os preços globais dos alimentos devem cair ainda mais em 2012 à medida que uma economia mais fraca freia a demanda dos consumidores, enquanto as ofertas estão aumentando, avaliou o Banco Mundial nesta terça-feira (31/1), alertando que uma possível alta nas cotações do petróleo pode reverter essa tendência.

O Banco Mundial disse que os preços têm caído de maneira estável, mas a volatilidade está aumentando, em especial nos mercados de trigo, milho e arroz.

Em alguns países, os preços dos alimentos estão em níveis mais altos que em 2010, mantendo pressão sobre as famílias pobres, que gastam a maior parte de sua renda com os produtos alimentícios.

O banco aumentou seu monitoramento dos preços globais dos alimentos em 2009, durante a crise que afetou mais duramente os países importadores, destacando baixos investimentos em agricultura nos países em desenvolvimento.

Segundo o Banco Mundial, os preços globais caíram 8% de setembro a dezembro de 2011, encerrando o ano 7% abaixo dos níveis de dezembro de 2010.

"O pior aumento dos preços dos alimentos pode ter acabado, mas precisamos continuar em alerta", disse Otaviano Canuto, vice-presidente do Grupo do Banco Mundial para Redução da Pobreza e Administração Econômica. "Os preços de certos alimentos continuam perigosamente elevados, colocando milhões de pessoas sob o risco de má nutrição e fome."

O banco alertou, no entanto, que a queda estável nos preços globais pode ser interrompida se os padrões climáticos mudarem, ou caso os preços do petróleo subam, elevando a volatilidade e a demanda por biocombustíveis.

A volatilidade dos preços aumenta a incerteza e mantém os preços altos, pois produtores estão incertos de como precificar seus produtos.

A organização irmã do Banco Mundial, o Fundo Monetário Internacional (FMI), alertou na semana passada que os preços globais do petróleo podem subir até 30% caso o Irã interrompa suas exportações, como resultado das sanções da União Europeia e dos Estados Unidos.

Fonte: Brasil Econômico. Por Lesley Wroughton. 31 de janeiro de 2012.