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Perspectiva de boa safra aumenta venda de colheitadeiras neste ano - Vaivémz

Quinta-feira, 6 de outubro de 2011 -09h24
As vendas de colheitadeiras se mantêm mais aquecidas neste ano do que no anterior. Até setembro, as indústrias colocaram 3.270 unidades na rede revendedora, número 9% superior ao de igual período de 2010, conforme estimativas do setor. O aumento de vendas se deve à boa evolução da safra que se encerrou e às perspectivas de volume ainda maior na próxima, cujo plantio já está sendo iniciado.

Os bons preços da safra anterior deixaram o produtor mais capitalizado, e as perspectivas para a próxima safra, apesar do cenário econômico externo, não devem ser menos favoráveis. Acreditando na continuidade de preços superiores aos dos gastos de produção, os produtores brasileiros vão elevar a área de plantio de soja e de milho, dois dos produtos que mais demandam colheitadeiras.

Já a venda de tratores, após o bom desempenho em 2010, devido aos programas de apoio governamental, sofre retração neste ano. A produção acumulada do ano soma 40,9 mil unidades, 10% menos do que em 2010. No mês passado foram vendidas 4.891 unidades. A Argentina segue a tendência do Brasil. As vendas de colheitadeiras subiram 45%, para 693 unidades no ano. A de tratores caiu 37%.

Efeito crise O mercado de soja, milho e trigo deverá manter tendência de baixa nos próximos dias devido ao agravamento da crise europeia, o que provoca a redução de compras naquele continente e aumento da oferta no mercado interno.

À espera do USDA

Com isso, algumas empresas saíram do mercado. O cenário ficará mais definido com a divulgação do relatório mensal de produção e estoque, na próxima semana, pelo Usda (Departamento de Agricultura dos EUA).

Tendência O relatório norte-americano deverá indicar a tendência mundial para a safra 2011/12, segundo José Dias, da Coopermota, de Cândido Mota (SP).

Algodão

A Louis Dreyfus Commodities adquiriu a unidade de processamento de caroço de algodão do Grupo Maeda, controlada pela Brasil Ecodiesel. O investimento é de R$ 40 milhões, e a empresa passa a ter 12% do mercado e processamento de 300 mil toneladas por ano.

Café vai demandar grande investimento, diz produtor

Não está fácil avaliar o mercado de café no momento. Os preços são determinados pelos fundamentos de escassez de oferta, mas podem ser influenciados também por componentes como os efeitos da crise grega e a aflição geral dos consumidores. Ao longo do tempo, no entanto, "a escassez vai acabar fazendo o preço". A avaliação é do produtor Luiz Hafers.

A grande questão, segundo ele, são os próximos 20 anos. "Tudo indica que vamos precisar de mais 30 milhões de sacas por ano." O Brasil será um dos países onde a produção crescerá. O problema são os investimentos que serão exigidos. A expansão não se dará na lavoura tradicional, que depende de muita mão de obra, cada vez mais escassa.

Fonte: Folha Online. Por Mauro Zafalon e Thiago Fernandes. 5 de outubro de 2011.