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Gado em pé para o Líbano

por Fabio Lucheta Isaac
Sexta-feira, 30 de junho de 2006 -13h07
Em 2005, o Pará exportou para o Líbano perto de 200 mil cabeças de boi em pé. O Rio Grande do Sul, 50 mil.

No primeiro semestre de 2005, os embarques gaúchos somaram 49 mil cabeças e a expectativa para este ano é que a soma final seja de 70 mil cabeças.

São duas regiões pecuárias localizadas em extremos opostos, mas que buscaram saída semelhante para amenizar a crise de preços vivida pela pecuária de corte.

A situação de preços esteve medonha no Rio Grande do Sul, assolado também por uma seca inclemente. O desastre na época foi tão grande, que a capacidade de abastecimento foi afetada.

Atualmente a cotação da arroba do boi gordo vigente no estado é a mais alta do Brasil, R$56,70 na região de Pelotas. O que deve tornar essa alternativa desinteressante em termos de preço.

No Pará, na região de Redenção, a arroba do boi gordo está sendo comercializada a R$38,00, uma diferença de R$18,70 por arroba na comparação com o RS, daí a migração das compras de boi em pé do Sul para o Norte.

Repetido esse desempenho, perto de 300 mil cabeças de bois terminados ou a terminar comporão esse mercado. Não é muito, 300 mil cabeças representam de dois a três dias do abate brasileiro. Certamente o mercado interno não ficará pressionado por isso, mas é bom saber que tem gente procurando por alternativas. E que essas alternativas têm se concretizado. (AT)