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Brasil e Argentina não concluem acordo de importação de leite em pó

Quinta-feira, 11 de agosto de 2011 -09h04
O presidente da Comissão Nacional de Pecuária de Leite (CNPL) da Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), Rodrigo Alvim, afirmou que a negociação com representantes do setor produtivo de lácteos da Argentina, que estabeleceria cotas mensais de importação de leite em pó do país vizinho, não foi concluída na reunião desta terça-feira (9/8), em Porto Alegre (RS). “Estivemos próximos de chegarmos a um consenso, mas achamos por bem não fecharmos um acordo hoje. As negociações continuam”, explicou Alvim. Segundo o presidente da CNPL, os argentinos receiam estar perdendo mercado para os produtos uruguaios e chilenos, já que o Brasil não possui acordo que limita a importação de leite em pó com esses dois países.

Em audiência pública na Comissão de Agricultura e Reforma Agrária (CRA) do Senado, na semana passada, Rodrigo Alvim defendeu a realização de um acordo com o Uruguai, nos moldes do que já existe com os argentinos. Em 2009, Brasil e Argentina selaram um acordo que previa a importação de até 3 mil de toneladas por mês de leite em pó do país vizinho. O objetivo do pacto era evitar surtos de importação do produto que empurrassem para baixo o preço do leite pago ao produtor brasileiro. O acordo foi renovado no ano passado e, este ano, o Brasil busca incluir nas negociações cotas mensais para queijo e soro, cujas importações da Argentina também aumentaram em 2011.

Além da CNA, participaram da reunião de hoje representantes do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA), do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e do Ministério do Desenvolvimento Agrário (MDA). Pelo lado argentino, estiveram presente na reunião técnicos do Ministério da Agricultura e da Secretaria de Indústria e Comércio argentinos, além de industriais do setor lácteo do país vizinho.

Fonte: CNA. Pela Redação. 10 de agosto de 2010.