Scot Consultoria
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Sebo para biodiesel

por Fabio Lucheta Isaac
Quarta-feira, 21 de junho de 2006 -12h26
Saiu no caderno agrícola do jornal o Estado de São Paulo: a Refinaria de Manguinhos, no Rio de Janeiro, arrendada para uma empresa paulista, a Ponte Di Ferro, iniciou recentemente a produção de biodiesel a partir de sebo bovino.

Sabe-se que alguns frigoríficos também se mobilizam para começar a produzir o combustível através do sebo, considerado um subproduto do abate.

Existem alguns problemas na utilização dessa matéria-prima, que estão, inclusive, citados na matéria, mas o sebo tem dois pontos fortes que atraem a atenção do mercado.

Primeiro, conta com oferta farta. Afinal, só de bovinos o Brasil abate, de acordo com estimativas da Scot Consultoria, cerca de 42,6 milhões de cabeças ao ano. Considerando que um animal adulto produz de 12 a 15 quilos de sebo, o potencial de produção brasileiro é de 511,20 milhões de litros.

Outra vantagem é o preço. Um quilo de sebo custa entre R$0,60 e R$0,70/kg, hoje. É praticamente a metade do valor, por exemplo, do óleo de soja.

O boi, que já era considerado uma verdadeira fábrica de matérias-primas, sustentando indústrias de alimentos, cosméticos, farmacêuticas, de vestuário, etc., passa agora a abastecer a indústria de combustíveis. (FTR)