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Rússia deve abrandar critérios sanitários em relação ao Brasil

por Fabio Lucheta Isaac
Terça-feira, 20 de junho de 2006 -12h55
Até o momento, na ocorrência de um caso de febre aftosa em território brasileiro, o governo da Rússia pode embargar o Estado onde foi encontrado o foco e todos os Estados vizinhos. A restrição seria de 2 anos para o Estado de origem e de 1 ano para os adjacentes.

Isso porque existe um acordo bilateral entre Brasil e Rússia que permite essa medida. Em tempos de globalização, seguir acordos bilaterais só é válido quando existe sinergismo, mas este não é o caso.

Entretanto, segundo notícia veiculada pelo Jornal Valor Econômico, o ministro da Agricultura da Rússia anunciou ao ministro da Agricultura do Brasil que pretende seguir as regras previstas pela Organização Mundial de Saúde Animal (OIE) em caso de novos focos.

De acordo com as normas da OIE, caso seja feito o abate sanitário da região de ocorrência do foco de febre aftosa, o Estado restabelece o status sanitário em 6 meses.

As autoridades brasileiras vêm tentando derrubar os embargos ainda vigentes à carne nacional, mas apenas países de pouca expressão no volume importado voltaram atrás nas decisões. A Rússia, maior cliente individual do Brasil, e a União Européia, maior grupo de clientes, continuam sem comprar carne de diversos Estados brasileiros, prejudicando, dentre outros motivos, o cenário de preços no mercado interno. (LMA)