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Mercado futuro do boi gordo

por Fabio Lucheta Isaac
Segunda-feira, 27 de junho de 2005 -20h38
por Rogério Goulart

A semana de 21 a 26 de junho não foi muito boa não. Tivemos uma queda expressiva no Indicador Esalq/BM&F de 30 centavos, junto com uma queda ainda mais persuasiva dos contratos futuros, que recuaram em média 50 centavos.

Mas ainda não é desesperador. Os contratos futuros estão trabalhando bem acima do mercado físico, e isso é um ânimo para quem está no ramo de engorda de bois, especialmente em um horizonte até outubro de 2006.

O que me incomoda é apostar contra a entressafra, especialmente no final da safra, conforme estamos vivenciando agora. Falo isso porque uma coisa eu aprendi, que é não lutar contra as forças de mercado. Com isso quero dizer que não se deve apostar contra a safra, e nem contra a entressafra, pois esses dois movimentos sazonais têm sua reflexão direta nos preços da arroba, e normalmente essa reflexão é forte e duradoura, exatamente como estamos percebendo agora com essa queda dos preços desde final de novembro do ano passado.

Porém, como tudo na vida, a malícia aqui é exatamente saber quando quebrar essas regras, quando “peitar” o mercado, mas isso está mais ligado com a percepção dos sentimentos pessimistas e otimistas que se fazem sentir nas oscilações exageradas nos preços, pois os dois sentimentos no seu ápice fazem com que os preços do mercado físico e futuro saiam do que seria considerado razoável e daí, nesse momento, é hora de entrar para aproveitar esse desequilíbrio em nosso favor.

Nesse intuito, salvo alguma queda mais brusca do dólar, que é o grande personagem dessa queda, para mim esse mercado ainda é para ficar assistindo, e não para participar.

Até mais.