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Restrição argentina custa cerca de US$245 milhões ao Brasil

Quinta-feira, 5 de maio de 2011 -09h21
Nos quatro primeiros meses deste ano, o Brasil deixou de exportar 2.500 máquinas agrícolas para a Argentina, segundo informou Milton Rego, vice-presidente da Anfavea.

A declaração foi dada nesta quarta-feira (4/5) durante o evento Agrishow 2011, em Ribeirão Preto.

Cerca de 1.700 tratores e 800 colheitadeiras deixaram de ser vendidos por conta de barreira imposta pelo país vizinho, que descumpre um acordo no setor automotivo.

Com isso, em torno de US$245 milhões deixaram de entrar no país neste ano, tendo em vista que o preço médio de um trator é US$50 mil e de uma colheitadeira, US$200 mil.

Mesmo que a Argentina volte a obedecer esse acordo, Rego prevê queda de 5% a 10% nas exportações totais de máquinas agrícolas brasileiras. No entanto, as exportações podem ter redução de 30% caso o país vizinho insista em barrar a entrada das máquinas.

A Anfavea está trabalhando em conjunto com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC) e o Itamaraty para resolver a situação, mas não obteve resposta concreta do governo argentino, que se compromete com a liberação quando sua balança comercial estiver positiva.

"Essa busca da Argentina pela autossuficiência na produção de máquinas agrícolas é legítima, mas o país não pode rasgar um contrato automotivo", disse Rego.

Fonte: Brasil Econômico. Por Priscila Machado. 4 de maio de 2011.