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Boi no Rio Grande do Sul pode subir

por Fabio Lucheta Isaac
Quinta-feira, 1 de junho de 2006 -12h26
De acordo com informações da Folha de São Paulo, o Chile deve voltar a importar carne bovina do Rio Grande do Sul. Seria um gesto de cortesia, em razão da não imposição de entraves à entrada de frutas chilenas no Brasil.

Vale lembrar que até a véspera do advento da febre aftosa no Mato Grosso do Sul, o Chile se destacava como quarto maior comprador de carne bovina brasileira, atrás apenas de União Européia, Rússia e Egito. É, realmente, um grande mercado.

A retomada das vendas para o Chile pode, portanto, auxiliar de forma significativa na valorização do boi do Rio Grande do Sul. Sem contar que a oferta de gado no Estado se encontra bem ajustada, já que os animais terminados em pastagens de inverno ainda não estão prontos.

É preciso considerar também o aumento do abate de matrizes nos últimos anos, a redução de investimentos e a exportação de animais vivos para o Oriente Médio, que também contribuíram para enxugar o mercado.

De acordo com levantamentos da Scot Consultoria, o boi gordo gaúcho, na região de Pelotas, vale hoje R$1,71/kg, o que equivale a R$51,30/@. É a cotação mais alta dentre as 25 praças pesquisadas, o que evidencia a firmeza do mercado local.

Para se ter um idéia da evolução comparativa, em janeiro deste ano a cotação média do boi de Pelotas ficou em R$1,67/kg, ou R$50,10/@. Estava abaixo dos valores registrados em São Paulo (Barretos e Araçatuba), Minas Gerais (Triângulo) e Santa Catarina. (FTR)