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Mais um mês de alta no atacado e varejo. Até quando?

por Alex Santos Lopes da Silva
Sexta-feira, 30 de abril de 2010 -09h27
A diminuição na captação de leite tem afetado diretamente a formação dos preços no mercado de lácteos.

Em abril, considerando a média de todos os produtos pesquisados, houve valorização de 2,6% no atacado.

O leite em pó foi o produto que registrou a maior alta, 13% em média. Com a menor oferta de matéria prima (leite cru) as empresas acabam priorizando a produção de longa vida, produto com maior liquidez no mercado.

Além disso, em março o Brasil exportou um volume 39% maior de leite em pó em relação ao mês anterior. Mais um fator altista.

Já o preço do leite UHT subiu 6,4% no atacado. Foi o quinto mês consecutivo de alta. Na comparação com o mesmo período do ano passado, o produto está 12% mais caro, sendo o atual preço o maior desde julho de 2009

No varejo, a alta do longa vida foi um pouco menos expressiva, 4,9% em relação a março. Com isso, a margem de comercialização entre o varejo e o atacado se estreitou.

Hoje a margem está em 9,8%. Na média histórica, desde 2002, essa diferença é de 14%.

Em 2009, ano de preços recordes para o produto no varejo (UHT alcançou a média de R$2,50/litro em junho), as cotações subiram 20% nos quatro primeiros meses. Em 2010, em igual período, a alta foi de 32%.

É preciso considerar que ainda não estamos em plena entressafra. Dessa forma, os preços podem superar os patamares de 2009.

Para os queijos o mercado também está em alta.

Para os iogurtes a situação é oposta. O menor consumo em períodos mais frios do ano deve repercutir em queda de preço.

Por fim, nos próximos meses o comportamento da demanda é que deve limitar os reajustes nos preços dos lácteos.