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Atacado e varejo

por Alex Santos Lopes da Silva
Sexta-feira, 29 de maio de 2009 -10h04
O leite longa vida, pelo segundo mês consecutivo, puxou a alta dos preços de produtos lácteos no atacado.

Na média, em maio, as cotações subiram 5%.

A captação de leite cru está menor, o que tem forçado as empresas a pagarem mais pela produção. Esses dois fatores têm determinado significativamente a formação dos preços no atacado.

Com a matéria-prima mais cara e em menor quantidade, os laticínios reajustaram em 24,42% os preços do leite longa vida, principal produto comercializado no País. Esta foi a maior alta encontrada entre os itens pesquisados.

Na entressafra, as empresas procuram destinar a captação, geralmente menor nesse período, para produtos cuja demanda é maior, como o UHT, por exemplo.

Essa estratégia tem diminuído a produção e a oferta de leite em pó e, consequentemente, fez os preços subirem. Em maio, o quilograma do produto subiu 20,28% no atacado.

No varejo, os preços dos lácteos ficaram em média 5,29% mais altos.

O consumidor paga cerca de 34% a mais pelo leite longa vida em relação ao mesmo período do ano anterior.

Como alternativa para fugir dos altos preços praticados pelo longa vida, o consumo de leite pasteurizado vem ganhando força.

Na média de maio, os queijos fecharam com alta de 3,84%. Com a chegada da época fria, o consumo desses produtos aumenta.

A menor oferta de leite para os laticínios deve permanecer e os reajustes nos preços dos lácteos deverão continuar até o ponto em que a demanda seja afetada.