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Perspectivas para 2012

por Alex Santos Lopes da Silva
Terça-feira, 27 de dezembro de 2011 -10h36
Segundo dados do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA, sigla em inglês), em 2012, o rebanho leiteiro da Argentina continuará crescendo. Os produtores estão animados com a perspectiva de lucratividade melhor do que a obtida por muitas culturas agrícolas.

Em 2011, a produção leiteira do país teve um crescimento de 13,1% e para 2012 está previsto novo incremento. Desta vez de 3,8%.

Apoiada pelo clima favorável, alta rentabilidade e preços competitivos, a produção de leite deverá ser recorde e alcançar os 12,4 bilhões de litros, consolidando um aumento de mais de 50,0% em dez anos.

Mesmo com o consumo doméstico elevado, de aproximadamente 210 litros equivalentes de leite per capita (o brasileiro consome 161 litros por ano), grande parte da produção argentina é destinada ao mercado externo.

A Argentina exporta lácteos para a América do Sul e Ásia, principalmente à China.

URUGUAI

O setor leiteiro uruguaio segue perdendo espaço para a agricultura.

Para compensar essa perda, o país vem aumentando a produtividade por animal, mantendo o rebanho praticamente estável.

Apesar do aumento nos custos de produção, a remuneração da atividade tem permitido a utilização de dietas de alto concentrado, mais caras que as de alto volumoso, aumentando a produção, principalmente no período de pastos ruins. Este período coincide com a época de melhor remuneração do leite pelos laticínios.

Segundo dados do Instituto Nacional do Leite uruguaio (INALE), a produção leiteira de junho de 2010 a julho de 2011, cresceu em 10,0% e o rebanho leiteiro diminuiu em 2,0% em relação ao mesmo período anterior. Nos primeiros nove meses do ano a captação das indústrias cresceu 18,0%.

ESTADOS UNIDOS

A produção de leite norte-americana deverá atingir, em 2012, 90,0 bilhões de litros. Um incremento de 1,2% em relação a 2011.

O maior número de vacas lactantes e a maior produção por animal contribuirão para esse incremento.

Apesar dos altos custos dos alimentos concentrados e os contínuos abates de vacas, o rebanho leiteiro do país continua aumentando mais rápido que o previsto e deve atingir 9,2 milhões de cabeças em 2011 com previsão de queda de 0,2% no número de cabeças em 2012.

A produção por vaca também aumentou mais que o previsto e deverá ser de 9,7 mil quilos, em média, em 2011.

As importações por parte dos Estados Unidos em 2011 deverão atingir 1,4 bilhão de litros equivalentes de leite.

Em 2012, o rebanho leiteiro dos Estados Unidos deverá diminuir para 9,2 milhões de cabeças.

Os altos preços dos insumos para a alimentação animal (milho, farelo de soja e alfafa) somado aos baixos preços pagos pelo leite são os principais responsáveis.

Esses fatores, provavelmente, contribuirão para a diminuição da produção por vaca, que deverá ser de 9,8 mil quilos no próximo ano.

NOVA ZELÂNDIA

Estima-se que a produção leiteira na Nova Zelândia em 2012 seja recorde e atinja 19,1 bilhões de litros.

Isto significa um incremento de 2,4% em relação a 2011.

Segundo estimativas do USDA, o desempenho melhor se deve à manutenção das condições climáticas favoráveis e aumento de 2,1% no rebanho (estimado em 4,9 milhões de cabeças) e incremento na produtividade por animal.

O mercado interno absorve 5,0% do leite produzido, o restante é exportado. Por esta razão, qualquer aumento na produção neozelandesa tem impacto sobre a exportação global e, consequentemente nos preços.