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Crescimento do setor de lácteos na Índia
por Maria Gabriela Tonini
Terça-feira, 28 de dezembro de 2010 -10h41
Nas últimas três décadas, a participação dos produtos de origem animal na alimentação da população, cresceu significativamente. Carne, leite o ovos ocuparam lugar de cereais e grãos na dieta das pessoas. Com o aumento da renda, a população gasta mais, proporcionalmente, em produtos de origem animal na comparação com cereais e grãos.
Essa modificação foi fortemente observada nos países em desenvolvimento, já que a renda cresceu percentualmente mais que nos países desenvolvidos. Veja na tabela 1 o consumo per capita de leite e lácteos.
AUMENTO DA RENDA E DO CONSUMO DE LÁCTEOS
O maior crescimento no consumo per capita de leite nas últimas três décadas foi no leste da Ásia. No entanto, mesmo tendo crescido 100% desde então, o consumo ainda é muito baixo, 10 quilos por habitante por ano.
Por outro lado, nos países desenvolvidos, em função da renda da população em patamar já elevado, o crescimento no consumo de leite foi muito menor, de menos de 5% nos últimos trinta anos. E ainda assim, nestes países, o consumo de lácteos chega a 212kg por habitante por ano.
Para as próximas três décadas, a tendência de aumento no consumo de produtos de origem animal conforme aumenta a renda deve continuar, mas em ritmo mais leve.
Talvez um dos destaques para os próximos trinta anos seja o consumo de lácteos na Índia.
NA ÍNDIA
Além do esperado crescimento da população indiana, o desenvolvimento do setor lácteo deve aumentar a disponibilidade, favorecendo o consumo de leite no país.
A Índia conta com cerca de 20% dos bovinos do mundo, sendo a maior parte vacas de leite, já que a religião do país inibe a especialização do rebanho bovino para a produção de carne.
Nos últimos anos, um programa de fomento ao setor leiteiro promoveu grandes avanços na produção e, consequentemente, no consumo de lácteos e melhoria da renda de muitos indianos.
Melhoria de renda porque o setor tem crescido como uma importante fonte de renda e geração de emprego nas áreas rurais, especialmente de pequenos produtores rurais. Aproximadamente 58% das propriedades agrícolas do país possuem menos de 2 hectares e a produção de leite tem sido uma boa oportunidade. Além disso, um terço da renda das propriedades agrícolas da Índia vem da produção de leite, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
Mais que a importância na geração de renda e emprego no campo, o aumento da produção de leite na Índia tem favorecido o consumo destes produtos. Aproximadamente 55% do leite produzido no país é consumido no próprio estabelecimento produtor. Do remanescente, dois terços é vendido em mercados informais e somente 15% da produção de leite é de fato comercializado em cooperativas ou laticínios.
E NA ÁFRICA
A estimativa é que o consumo per capita de leite na África cresça 25% até 2030. Mesmo com o incentivo ao crescimento da produção e aumento da disponibilidade de lácteos, segundo a FAO, cerca de 18% dos africanos subsaarianos ainda devem estar em condições de subnutrição. A produção e o consumo ainda têm muito que crescer.
Essa modificação foi fortemente observada nos países em desenvolvimento, já que a renda cresceu percentualmente mais que nos países desenvolvidos. Veja na tabela 1 o consumo per capita de leite e lácteos.
AUMENTO DA RENDA E DO CONSUMO DE LÁCTEOS
O maior crescimento no consumo per capita de leite nas últimas três décadas foi no leste da Ásia. No entanto, mesmo tendo crescido 100% desde então, o consumo ainda é muito baixo, 10 quilos por habitante por ano.
Por outro lado, nos países desenvolvidos, em função da renda da população em patamar já elevado, o crescimento no consumo de leite foi muito menor, de menos de 5% nos últimos trinta anos. E ainda assim, nestes países, o consumo de lácteos chega a 212kg por habitante por ano.
Para as próximas três décadas, a tendência de aumento no consumo de produtos de origem animal conforme aumenta a renda deve continuar, mas em ritmo mais leve.
Talvez um dos destaques para os próximos trinta anos seja o consumo de lácteos na Índia.
NA ÍNDIA
Além do esperado crescimento da população indiana, o desenvolvimento do setor lácteo deve aumentar a disponibilidade, favorecendo o consumo de leite no país.
A Índia conta com cerca de 20% dos bovinos do mundo, sendo a maior parte vacas de leite, já que a religião do país inibe a especialização do rebanho bovino para a produção de carne.
Nos últimos anos, um programa de fomento ao setor leiteiro promoveu grandes avanços na produção e, consequentemente, no consumo de lácteos e melhoria da renda de muitos indianos.
Melhoria de renda porque o setor tem crescido como uma importante fonte de renda e geração de emprego nas áreas rurais, especialmente de pequenos produtores rurais. Aproximadamente 58% das propriedades agrícolas do país possuem menos de 2 hectares e a produção de leite tem sido uma boa oportunidade. Além disso, um terço da renda das propriedades agrícolas da Índia vem da produção de leite, segundo a Organização Mundial do Comércio (OMC) e a FAO (Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação).
Mais que a importância na geração de renda e emprego no campo, o aumento da produção de leite na Índia tem favorecido o consumo destes produtos. Aproximadamente 55% do leite produzido no país é consumido no próprio estabelecimento produtor. Do remanescente, dois terços é vendido em mercados informais e somente 15% da produção de leite é de fato comercializado em cooperativas ou laticínios.
E NA ÁFRICA
A estimativa é que o consumo per capita de leite na África cresça 25% até 2030. Mesmo com o incentivo ao crescimento da produção e aumento da disponibilidade de lácteos, segundo a FAO, cerca de 18% dos africanos subsaarianos ainda devem estar em condições de subnutrição. A produção e o consumo ainda têm muito que crescer.