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Queda no mercado do leite

por Rafael Ribeiro
Quarta-feira, 30 de junho de 2010 -12h20
o pagamento de junho, referente à produção de maio, o preço do leite ao produtor caiu nas principais bacias leiteiras. Vendas devagar, estoques de produtos e importações foram alguns dos motivos para a queda em plena entressafra.

SUDESTE

Em Minas Gerais, a queda do preço do leite não chegou a 1% em relação ao pagamento anterior, mas já indica uma inversão no comportamento do mercado. Em junho, o produtor mineiro recebeu, em média, R$0,766/litro.

A captação estabilizou-se na maior parte dos laticínios do estado.

No mercado spot, o preço médio caiu 5,8% em junho. Os negócios ocorreram, em média, em R$0,78/litro.

Para o próximo pagamento, mais da metade das empresas pesquisadas acreditam em queda.

Em São Paulo, o preço médio do leite caiu 1%. Apesar disso, os atuais valores estão 3% mais altos na comparação com o mesmo período de 2009.

Com estoques elevados, principalmente de leite UHT, os preços caíram na ponta final da cadeia pressionando as cotações ao produtor.

A produção parou de cair, em particular nas regiões mais tecnificadas.

O mercado spot em baixa também pressiona o preço do leite ao produtor. Em dois meses o leite spot caiu 17% em São Paulo. Em junho, os negócios ocorreram entre R$0,73/litro e R$0,90/litro.

SUL

Em função da proximidade com os países vizinhos, a região Sul é a que mais sofre com as importações de leite.

Aliado a outros fatores, como fraca demanda e ligeira recuperação da produção, o preço do leite caiu nos três estados. As quedas variaram entre 0,6% e 1,5% no pagamento de junho.

NORDESTE

No Nordeste, a captação de leite em maio foi menor em função da estiagem em muitas bacias. Contudo, em junho, o volume de chuva aumentou, colaborando com as pastagens. Em algumas regiões, no entanto, o excesso prejudicou a produção, fato que irá refletir no preço que será pago em julho.

No varejo a demanda esteve firme em função do período das festividades juninas. Tradicionalmente, junho é um mês puxado pelo crescimento no consumo de queijo e leite fluído para produção de comidas típicas da região.