Scot Consultoria
www.scotconsultoria.com.br

Mercado do leite esfriando

por Rafael Ribeiro
Sexta-feira, 28 de maio de 2010 -09h58
O movimento de alta no preço do leite pago ao produtor está perdendo força. Estabilidade da produção, queda nas cotações dos lácteos, pressão no mercado spot e exportações fracas são os principais motivos.

SUDESTE

Em Minas Gerais, o produtor recebeu, em média, R$0,772/litro no pagamento de maio, que remunera o leite entregue em abril.

Em relação ao pagamento anterior, a alta foi de R$0,02/litro (2,72%).

A produção deu sinais de recuperação no estado. Em 50% dos laticínios pesquisados o volume captado ficou estável e em 16% aumentou.

No mercado spot, o preço médio caiu 7,8% em maio. Passou de R$0,90/litro para R$0,83/litro.

Para o próximo pagamento, 70% das empresas falam em manutenção dos preços ao produtor.

Em São Paulo, a situação é semelhante. O aumento de 1,6% no preço do leite ao produtor foi o menor registrado em 2010.

Em relação ao mesmo período de 2009, o produtor paulista está recebendo 16% mais, entretanto, ao que tudo indica, o pico de preço, este ano, não deve fugir muito disso (apenas 17% das empresas consultadas falam em alta nos preços para o pagamento seguinte).

Nas regiões de Avaré, Campinas e Mococa o volume captado pelos laticínios, em abril, foi menor que o de março. Nas demais regiões do estado, a produção estabilizou.

SUL

No Rio Grande do Sul, o preço do leite reagiu, em média, 1% em maio. Foi o menor reajuste verificado na região Sul do país.

Estima-se que aproximadamente 60% do leite industrializado no estado têm como destino outros estados.

Dessa forma, a taxação sobre os produtos (ICMS) acaba tirando a competitividade dos lácteos gaúchos em outros mercados. O produtor começa a sentir os efeitos disto.

No mais, as pastagens de inverno colaboram para a recuperação da produção.

CENTRO-OESTE

Em Goiás, o produtor recebeu, em média, R$0,811/litro (8% acima da média nacional). O maior valor verificado no país.

Com as pastagens perdendo qualidade, a produção está em baixa.

Para o próximo pagamento, no entanto, a expectativa é de estabilidade ou ligeira queda.