O pico de preço do leite pago ao produtor foi verificado no pagamento de agosto. Daqui para frente a tendência é de queda, na medida em que a oferta de leite aumenta.
SUDESTE
O preço médio do leite caiu 0,85% em Minas Gerais, principal bacia leiteira do país.
No pagamento de setembro, referente à produção de agosto, o produtor recebeu, em média, R$0,772/litro.
Foi a menor queda observada na região Sudeste, mas o mercado já demonstra uma inversão de tendência.
A produção subiu em 56% dos laticínios pesquisados, diminuindo a dificuldade de abastecimento das indústrias.
Em São Paulo, a queda foi mais significativa, chegando a quase 4% em relação ao mês anterior. Com isso, o produtor recebeu, em média, R$0,808/litro.
A produção subiu em 44% das empresas paulistas pesquisadas, mas a queda dos preços no atacado (8%, em média, para o UHT e para o leite pasteurizado) foi o principal fator de baixa sobre os preços pagos aos produtores.
O aumento da oferta de leite fez o preço no mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias) cair 8,5% em setembro. Os negócios ocorreram por volta de R$0,73/litro.
A tendência para o próximo mês é de queda, segundo 80% dos laticínios paulistas consultados.
SUL
Na região Sul a pressão de baixa é ainda maior.
Em Santa Catarina o preço do leite ao produtor, que já tinha caído no pagamento anterior, recuou mais 5,8% no pagamento de setembro.
No Paraná e no Rio Grande do Sul as quedas superaram os 8% em relação ao último pagamento. O produtor recebeu, em média, R$0,749/litro e R$0,703/litro, respectivamente. Veja a figura 1.
Cabe destacar que a entrada maciça de leite argentino e uruguaio na região tem forçado para baixo o preço do leite ao produtor.
CENTRO-OESTE
No Centro-Oeste a captação de leite aumentou em praticamente 100% das empresas consultadas.
As chuvas têm ajudado a manter as pastagens em boas condições, levando a um aumento da produção.
Em Goiás, a queda para o produtor foi de quase 5%.