Em junho, o preço do leite pago ao produtor subiu na maioria das bacias leiteiras.
A menor oferta de leite acirra a concorrência entre os laticínios.
Confira a seguir um resumo do mercado do leite nas principais regiões produtoras.
SUDESTE
Em
Minas Gerais, o preço do leite ao produtor subiu 7,6% em junho, referente à produção de maio.
A captação está em queda. Mais de 65% das empresas consultadas disseram que o volume de leite entregue caiu.
A alta no preço do leite nos últimos meses deve estimular os investimentos na produção.
Para o próximo pagamento, 95% dos laticínios acreditam em alta de preço para o leite.
O preço do leite no mercado “Spot” (leite comercializado entre as indústrias) subiu 11,7% em Minas Gerais.
Os poucos negócios ocorreram em média em R$0,86/litro.
Em
São Paulo, o leite também subiu. No pagamento de junho, o produtor recebeu, em média, 8,2% a mais pelo leite.
Foi o segundo maior preço pago no País, atrás somente do leite produzido no
Espírito Santo que registrou alta de mais de 18%. Veja a figura 1.
O mercado “spot” paulista esteve devagar. Em geral, os negócios ocorrem mediante contrato prévio com preços variando entre R$0,90/litro e R$1,00/litro.
A concentração de partos nesta época do ano (em função de preços melhores) já foi suficiente para mexer no volume de leite disponível.
Dessa forma, a captação ficou estável em 55% dos laticínios pesquisados.
SUL
No Sul do país, o preço do leite ao produtor subiu mais de 10% nos três Estados.
No
Paraná, a alta chegou a R$0,09/litro e o produtor recebeu, em média, R$0,742/litro.
Apesar da estiagem entre abril e maio, as pastagens de inverno aos poucos vão vingando com as recentes chuvas e a produção tende a se estabilizar nos próximos meses.
Em
Santa Catarina, aos poucos o preço do leite caminha para os valores pagos em 2008. A diferença em relação a junho do ano passado é de menos de 2%.
CENTRO-OESTE
O mercado do leite está concorrido na região Centro-Oeste do país.
Dessa forma, a alta no pagamento de junho, referente à produção de maio, foi bem mais significativa que nos meses anteriores.
Aos poucos, os ganhos com as vendas dos produtos lácteos no varejo e no atacado são efetivamente repassados aos produtores.
Em
Goiás, principal bacia leiteira da região, o preço do leite ao produtor ultrapassou a casa dos R$0,70/litro.
Observe a figura 2. Em 2008, o preço em Goiás era menor que o vigente em Minas Gerais.
Em junho deste ano, o produtor goiano recebeu 3% mais que a média verificada em Minas Gerais.
O leite “spot” subiu 8,7% em Goiás na comparação com maio. Em média os negócios ocorreram em R$0,83/litro.
No
Mato Grosso do Sul e no
Mato Grosso as cotações do leite também subiram. A alta foi de 9,9% em relação ao pagamento anterior.
NORDESTE E NORTE
No Nordeste, as chuvas típicas do período frio possibilitaram boas condições para as pastagens nesses últimos meses.
A captação ficou estável em 60% dos laticínios consultados.
Entretanto, a recuperação das vendas de lácteos no mercado traduziu-se em alta no pagamento ao produtor.
O
Ceará registrou os maiores aumentos da região e o produtor recebeu, em junho, cerca de R$0,03/litro a mais pelo leite entregue em maio.
Na
Bahia, o aumento foi mais tímido e não chegou a 1% na comparação com o pagamento anterior.
O atual valor está quase 12% menor que em junho do ano passado (figura 3).
O
Maranhão segue com o menor
preço vigente no País, R$0,484/litro.
No Norte, em
Rondônia e Pará os preços subiram 10% e 5,5%, respectivamente.
A expectativa é de alta para o próximo pagamento em quase 60% das empresas pesquisadas.