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Tendência de alta ganha força no Sudeste e Sul sofre com estiagem

por Rafael Ribeiro
Quarta-feira, 29 de abril de 2009 -21h40
De maneira geral, a captação vem diminuindo nas principais bacias leiteiras e os preços subiram em abril, referente ao leite entregue em março. Veja a seguir como ficou o preço do leite nos principais Estados.

SUDESTE

Em Minas Gerais, o movimento de alta no preço do leite pago ao produtor ganhou força. Em abril, o produtor recebeu, em média, R$0,612/litro pelo leite entregue em março, um aumento de 2,6% em relação ao pagamento de março.

O volume de leite caiu em 35% das empresas consultadas. A queda da oferta de matéria-prima aqueceu o mercado “spot” (leite comercializado entre as indústrias), cujo preço subiu 5% em relação a março e ficou cotado, em média, a R$0,69/litro.

Para o próximo pagamento, 80% dos laticínios mineiros acreditam em reajuste no preço do leite ao produtor.

Em São Paulo, a alta foi menos expressiva. Em média, o preço subiu 1% em abril, referente ao leite entregue em março.

O preço médio foi de R$0,684/litro, maior média do país neste pagamento. Veja a figura 1.



O final da safra, aliado à época de secagem das vacas para parição diminuiu o volume de leite captado em quase 65% das empresas pesquisadas.

O preço do leite no mercado “spot” subiu mais de 12% e foi comercializado, em média, a R$0,72/litro.

CENTRO-OESTE

Em Goiás, principal bacia leiteira do Centro-Oeste, a concorrência entre os laticínios permitiu mais um mês de alta no preço do leite ao produtor, que subiu 1,3% em relação ao pagamento anterior.

Para o pagamento de maio (produção de abril), 100% dos laticínios acreditam em novos aumentos.

SUL

A estiagem vem castigando a região Sul.

No Paraná, um dos Estados mais afetados pela seca, a captação foi menor em março.

O preço do leite pago ao produtor acumula alta de 5,4% desde janeiro.

É o maior aumento registrado no Sul do país nesse período.

No Rio Grande do Sul, o produtor recebeu, em média, R$0,59/litro, pelo leite entregue em março, aumento de 1,7% frente ao pagamento anterior.