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São Paulo e Santa Catarina: mercado em sentido oposto

por Cristiane Turco
Quinta-feira, 27 de novembro de 2008 -23h01
Em São Paulo, o mercado de leite está em queda há 5 meses, com recuo acumulado de 16,2%. Enquanto que no pagamento de junho o produtor havia recebido, em média, R$0,814/litro, em novembro foi pago R$0,683/litro.

Apesar da considerável retração, é importante destacar que a variação foi menos intensa do que a registrada na média nacional. Produtores de alguns outros Estados sentiram proporcionalmente mais o movimento de queda do que os produtores paulistas, considerando o período analisado.

Em Minas Gerais, Goiás e Rio de Janeiro, por exemplo, a retração nos preços chegou a 23% no acumulado dos últimos 5 meses.

Para o próximo pagamento, 65% das empresas de São Paulo apontam preços estáveis, enquanto 26% falam em queda e apenas 9% acreditam em aumento.

No mercado “spot” (leite comercializado entre as empresas), os preços aumentaram 0,87% em novembro. Os negócios ocorreram em R$0,61/litro. Os patamares mais baixos das negociações reagiram proporcionalmente mais quando comparado ao mês anterior: 1,89%.

SANTA CATARINA

Em Santa Catarina, o preço do leite pago ao produtor começou a reagir. No pagamento de novembro, produção de outubro, o aumento médio foi de 2,29%.

Mesmo com o reajuste, nos últimos dois meses, os produtores do Estado receberam os menores valores desde janeiro de 2006, quando se considera preços atualizados pelo IGP-DI. De lá para cá, os maiores preços encontrados foram em meados de 2007, quando o litro de leite alcançou a média ao redor de R$0,77, corrigindo a inflação.

A captação de leite de outubro foi menor para a maioria das empresas catarinenses, em função da queda da produção. Por isso, e na tentativa de manter o volume mensal, as indústrias precisaram elevar os preços aos produtores.

O reajuste foi pequeno, de cerca de R$0,01/litro, mas para o próximo pagamento a expectativa é que ocorra uma reação de até R$0,03/litro. Pelo menos algumas empresas já se preparam para isso.