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Oferta de leite diminui no Nordeste do País

por Cristiane Turco
Quinta-feira, 30 de outubro de 2008 -17h03
Enquanto o preço do leite pago ao produtor recuou na maioria das regiões, no Estado de Pernambuco foi registrada uma alta de 6,48% em outubro, pelo leite entregue em setembro.

Em média, o produtor recebeu R$0,674/litro, ou seja, 11,6% acima da média nacional. Poucas vezes isso aconteceu. A última vez que o preço de Pernambuco foi maior do que a média do Brasil foi em dezembro de 2006. Desde então, o preço pago aos produtores pernambucanos foi cerca de 10% menor que a média nacional.

Segundo as empresas consultadas, a captação de leite em setembro foi menor do que no mês anterior e a concorrência tem aumentado no Estado.

A tendência é que novo aumento de preço ocorra no pagamento de novembro, quando se remunera a produção de outubro.

CEARÁ E ALAGOAS

Embora os preços tenham permanecido estáveis em Alagoas e no Ceará, o mercado mostra expectativas semelhantes à observada em Pernambuco. Ou seja, os preços tendem a reagir.

As empresas afirmam que o momento é de falta de leite na região e, por isso, nenhuma delas fala em queda nas cotações.

Os aumentos podem chegar entre R$0,03 e R$0,04/litro, dependendo do laticínio.

RIO GRANDE DO SUL

No outro lado do País, o mercado de leite trabalha em baixa. No Rio Grande do Sul o período é de maior oferta de matéria-prima.

As empresas, abastecidas, recuaram em 7,81% o preço médio do leite.

Pela primeira vez em 2008, o mercado trabalha na casa dos R$0,50/litro no extremo Sul do Brasil. Na média, o preço ficou em R$0,557/litro. Variou de R$0,33 a R$0,65/litro.

Em média, os produtores gaúchos receberam 8% menos pelo litro de leite quando comparado à média nacional.

Veja na figura 1 que o Estado está entre os que apresentam os menores valores pagos pelo leite.