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Alerta aos produtores!
por Rafael Ribeiro
Segunda-feira, 7 de junho de 2010 -16h04
Este ano o preço do leite ao produtor deve cair antes do fim da entressafra.
Depois da forte alta de janeiro e maio - em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, o preço do leite subiu 15,6% e 21,1%, respectivamente (figura 1) - há indícios de que o mercado está virando.
Os principais fatores são:
Leite spot
Considerando a média ponderada de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, o preço do leite spot, leite comercializado entre as empresas, caiu 8,1% em maio comparado a abril.
Isto significa uma queda de R$0,07/litro (tabela 1).
Para a primeira quinzena de junho a expectativa é de queda de preço no mercado spot.
Em geral, as variações do preço do leite ocorrem primeiro no mercado spot.
Neste caso, a desvalorização é reflexo da queda de preços dos produtos lácteos no mercado atacadista (queda de 1,2% em maio, considerando todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria).
Leite ao produtor
Para o produtor, no pagamento de maio (remunera a produção de abril), as altas foram as menores do ano.
Em São Paulo, onde o leite está cotado, em média, em R$0,79/litro, o aumento foi de pouco mais de 1% no período.
Em Minas Gerais, o produtor recebeu, em média, R$0,77/litro. Alta de 2,5%.
Sinal de mercado esfriando.
Férias em julho
Outro ponto fundamental é a demanda interna.
Tradicionalmente o consumo de leite e derivados é menor nas férias escolares, seja no final ou no meio do ano.
A menor demanda colabora para a pressão de baixa na ponta final da cadeia e, consequentemente, para o produtor.
Exportações de lácteos
Este ano, as exportações brasileiras de lácteos estão piores que em 2009.
Em volume o Brasil exportou, no primeiro quadrimentre, 31,5% menos que em igual período do ano passado.
O faturamento, por sua vez, foi 32,5% menor.
Além do câmbio desfavorável, a demanda mundial está menor.
Final
É de se esperar um mercado mais frouxo para o leite adiante.
Apesar da menor oferta de matéria prima para as indústrias de laticínios (entressafra), os fundamentos de mercado devem pressionar negativamente as cotações.
É preciso lembrar ainda que a produção de leite caminha para estabilidade nas principais bacias.
No Sul, as pastagens de inverno favorecem a retomada da produção a um custo relativamente menor. No restante do país (e até mesmo na região Sul), a alimentação mais barata favorece a suplementação dos animais neste período de menor qualidade e oferta de capim.
Depois da forte alta de janeiro e maio - em São Paulo e Minas Gerais, por exemplo, o preço do leite subiu 15,6% e 21,1%, respectivamente (figura 1) - há indícios de que o mercado está virando.
Os principais fatores são:
Leite spot
Considerando a média ponderada de São Paulo, Minas Gerais e Goiás, o preço do leite spot, leite comercializado entre as empresas, caiu 8,1% em maio comparado a abril.
Isto significa uma queda de R$0,07/litro (tabela 1).
Para a primeira quinzena de junho a expectativa é de queda de preço no mercado spot.
Em geral, as variações do preço do leite ocorrem primeiro no mercado spot.
Neste caso, a desvalorização é reflexo da queda de preços dos produtos lácteos no mercado atacadista (queda de 1,2% em maio, considerando todos os produtos pesquisados pela Scot Consultoria).
Leite ao produtor
Para o produtor, no pagamento de maio (remunera a produção de abril), as altas foram as menores do ano.
Em São Paulo, onde o leite está cotado, em média, em R$0,79/litro, o aumento foi de pouco mais de 1% no período.
Em Minas Gerais, o produtor recebeu, em média, R$0,77/litro. Alta de 2,5%.
Sinal de mercado esfriando.
Férias em julho
Outro ponto fundamental é a demanda interna.
Tradicionalmente o consumo de leite e derivados é menor nas férias escolares, seja no final ou no meio do ano.
A menor demanda colabora para a pressão de baixa na ponta final da cadeia e, consequentemente, para o produtor.
Exportações de lácteos
Este ano, as exportações brasileiras de lácteos estão piores que em 2009.
Em volume o Brasil exportou, no primeiro quadrimentre, 31,5% menos que em igual período do ano passado.
O faturamento, por sua vez, foi 32,5% menor.
Além do câmbio desfavorável, a demanda mundial está menor.
Final
É de se esperar um mercado mais frouxo para o leite adiante.
Apesar da menor oferta de matéria prima para as indústrias de laticínios (entressafra), os fundamentos de mercado devem pressionar negativamente as cotações.
É preciso lembrar ainda que a produção de leite caminha para estabilidade nas principais bacias.
No Sul, as pastagens de inverno favorecem a retomada da produção a um custo relativamente menor. No restante do país (e até mesmo na região Sul), a alimentação mais barata favorece a suplementação dos animais neste período de menor qualidade e oferta de capim.