Existe pressão para reajustes no preço de venda do couro por parte dos frigoríficos. Mas os curtumes não têm cedido e o preço do couro verde de primeira linha no Brasil Central se mantém em R$1,30/kg.
Do lado vendedor, os frigoríficos têm pago mais pelo boi gordo e querem repassar esse aumento de custo aos produtos do abate.
Por outro lado, os curtumes estão com estoques e há relatos de que as vendas no mercado externo esfriaram um pouco, mas nem tanto.
Os números até a terceira semana de junho são positivos, com as exportações de calçados e couro atingindo média diária de US$15,59 milhões. Valor 14,5% maior que no mesmo período de maio e 40,4% maior que no mesmo período de 2009.
Veja na figura 1 o índice da produção industrial de calçados e artigos de couro.
O índice tem como 100% a média da produção de 2002. Desde então o índice só tem caído (demonstrado na linha), apesar do cenário nos últimos meses ter sido de recuperação.
SEBO
As demandas nos setores de higiene pessoal e limpeza estão fracas e não é esperado melhorias no curto prazo.
A demanda por sebo para o setor de biodiesel melhorou nas últimas semanas.
A oferta de matéria prima devido aos abates reduzidos ajuda a segurar o mercado e compensa a demanda pequena do setor de higiene e limpeza.