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Sebo em alta, couro estável e exportações querendo reagir

por Fabiano Tito Rosa
Sexta-feira, 23 de outubro de 2009 -10h58
Preços estáveis para o couro verde, com pequena correção positiva para as peles catadas do Brasil Central (na verdade, já registrávamos há alguns dias negócios em R$0,70/kg).

Apesar da frouxidão cambial, os curtumes não conseguem derrubar o preço da matéria-prima. Aliás, no Rio Grande do Sul, o couro de primeira linha já chega a superar os R$1,10/kg.

O mercado do sebo também está firme. Nos últimos dias, um dos maiores consumidores de sebo do Brasil intensificou as compras, fazendo o mercado reagir (é preciso considerar também que a oferta encontra-se relativamente reduzida).

Foram registrados negócios na faixa de R$1,50/kg (diferido). Mas as apostas agora são de que o mercado passe a andar de lado.

EXPORTAÇÕES: OUTUBRO DEVE SER MELHOR DO QUE SETEMBRO

As exportações brasileiras de carnes, de acordo com o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), registraram bom desempenho na primeira semana de outubro. Na segunda, porém, houve um recuo, com retomada na terceira semana.

Já o desempenho das exportações de calçados e couro só fez cair ao longo das últimas semanas. Mas ainda assim o desempenho se mostra melhor do que o de setembro. Acompanhe na tabela 1.



Em geral, os preços internacionais estão em recuperação, após a retração observada no período mais agudo da crise (setembro/08 a fevereiro/09). A valorização do real, porém, tem anulado os ganhos dos exportadores brasileiros, reduzindo a atratividade do mercado internacional.

JÁ NO ACUMULADO DE 2009...

De janeiro a setembro de 2009 o Brasil exportou 236,73 mil toneladas de couro, somente 1% menos do que no mesmo período de 2008.

Acontece que o faturamento foi de apenas US$791,07 milhões, 48% abaixo do registrado no acumulado de janeiro a setembro de 2008.

O preço médio, ao longo desse período, passou de US$6,44/kg para US$3,35/kg, ou seja, caiu quase que pela metade.

Não bastasse, nos últimos meses os curtumes estão tendo que lidar com o aumento do preço da matéria-prima (couro verde) e a valorização do real. O dólar caiu 9% em 60 dias.