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Em compasso de espera

Sexta-feira, 24 de abril de 2009 -16h15
Preços estáveis para o couro verde, ao menos quando consideramos os valores tidos como referência.

Na prática, o produto de primeira linha é negociado entre R$0,40 e R$0,60/kg, dependendo de volume e qualidade. Em São Paulo e no Mato Grosso do Sul os negócios ocorrem mesmo a R$0,60/kg. Em Minas Gerais e no Paraná tem pele mais barata.

Já para o couro catado as cotações variam entre R$0,20/kg e R$0,40/kg.

O mercado está parado. As exportações “insistem” em não evoluir. Na verdade, elas estão em retração, principalmente quando avaliamos o faturamento.

Este mês, de acordo com dados do Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), a média diária das exportações brasileiras de couro e calçados, até o dia 19, ficou em US$9,23 milhões. Em abril do ano passado a média diária das exportações ficou em US$15,95 milhões. Portanto, de lá para cá houve queda de 42%.

Os curtumes apontam que o problema está nos preços (tratamos desse assunto nas últimas edições) e nos prazos solicitados pelos importadores, que chegam a 60 ou até 90 dias. Na outra ponta, os frigoríficos querem vender couro verde à vista ou com prazos curtos, já que estão com problemas de caixa.

Sem crédito (o dinheiro está caro e escasso), fica difícil viabilizar uma operação desse tipo.

O setor trabalha com poucas expectativas positivas para o curto/médio prazo. A questão central é a seguinte: a maior parte do couro negociado pelo Brasil, mesmo que os destinos primários sejam outros, acaba nos Estados Unidos, em diversas formas de curtimento e de produtos.

Portanto, enquanto a crise econômica, lá na terra do Tio Sam, não começar a ser resolvida, o mercado brasileiro de couro deve se manter em compasso de espera.

SEM NOVIDADES TAMBÉM PARA O SEBO

O mercado do sebo bovino está andando de lado, graças ao equilíbrio observado entre oferta e procura.

A última alteração deste ano foi registrada no dia 10 de fevereiro.