O mercado do couro está pouco movimentado neste início de ano. Há pouca oferta de matéria-prima.
A demanda dos curtumes está enfraquecida, com inúmeros compradores fora do mercado. A expectativa de aumento da oferta de couro, em função da safra de boi, pode pressionar negativamente os preços.
Independente disso, o câmbio tem exercido muito mais influência na formação dos preços do couro verde do que a própria disponibilidade do produto.
SEBO
O mercado de sebo bovino segue na mesma toada, com poucos negócios. A demanda do setor de higiene e limpeza está aquém da esperada. Diante da perspectiva de aumento dos abates, as indústrias prevêem aumento da oferta de sebo e queda de preço.
No Sul do País, o quilo do sebo caiu R$0,10.
EXPORTAÇÃO
Em 2007, o faturamento das exportações de couro superou os números de 2006. A valorização do real prejudica a exportação, mas por outro lado induz o aumento de preços.
O volume embarcado foi 4,05% menor. A queda foi compensada pelo preço mais alto, resultado do aumento na participação dos couros semi-acabados e acabados em detrimento do
wet blue.
A receita proveniente dos embarques foi de US$2,2 bilhões em 2007, alta de 16,80% em relação a 2006, cujo faturamento foi de US$1,9 bilhão.
Para 2008, o setor moveleiro e de estofamentos, que representa cerca de 35% da demanda, pode ser prejudicado pela crise imobiliária nos Estados Unidos.
Para o setor calçadista, que sofre concorrência direta das empresas chinesas e das matérias-primas sintéticas (e representa 45% da demanda interna por couro), o cenário também é preocupante.
O câmbio não sinaliza mudanças no curto prazo.