Qual será o limite?

Dezembro se inicia com preços firmes para a carne bovina no mercado doméstico, entretanto, na semana, a alta do mercado atacadista teve um arrefecimento frente ao aumento de 4,3% da semana anterior.

Assim, as cotações no atacado subiram 0,4% na média dos cortes nos últimos sete dias, com os cortes de traseiro e dianteiro variando positivamente 0,4% e 0,5%, na mesma ordem.

O varejo seguiu no mesmo compasso da semana passada e, portanto, manteve o viés de alta. São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro tiveram incremento de 1,5%, 1,9%, 1,9% e 1,0% na precificação média dos cortes, respectivamente.

Cabe destaque para o filé mignon que vem apresentando os ajustes mais significativos nos preços. No mercado atacadista o filé mignon registrou, mais uma vez, a maior variação dentre os cortes monitorados, aumento de 4,3% para o filé mignon sem cordão. No mercado varejista, o cenário se repetiu e o corte registrou alta de 4,1%, 7,1%, 6,0% e 9,6% em São Paulo, Paraná, Minas Gerais e Rio de Janeiro, na mesma ordem.

Com o consumo cambaleando no mercado doméstico, a carne bovina parece estar se aproximando de um limiar para os preços, que, em patamares elevados, resultam em vendas relativamente fracas no mercado atacadista, que por sua vez, em função da precificação elevada do gado gordo, acaba ficando sem saída.

A baixa rotatividade de produtos tem sido ponto de preocupação nas indústrias, mas a expectativa é que no último mês do ano, marcado historicamente por melhor consumo, o mercado interno consiga absorver melhor a produção da carne.

Os preços firmes na ponta inicial da cadeia darão sustentação para os preços da carne bovina neste final de ano, entretanto, o escoamento lento da produção pode influenciar uma mudança nesse cenário mais à frente.