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Tem que vacinar!

por Equipe Scot Consultoria
Quinta-feira, 28 de junho de 2007 -17h56
Ministério da Agricultura Pecuária e Abastecimento (MAPA) instituiu há seis anos o Programa Nacional de Controle e Erradicação da Brucelose e Tuberculose Animal (PNCEBT). Há quatro anos a vacina contra brucelose se tornou obrigatória em fêmeas de 3 a 8 meses.

Segundo levantamento da Scot Consultoria, o preço da vacina contra brucelose ficou estável nos últimos treze meses.

Hoje a dose mais em conta está cotada em R$0,51. Comparando três laboratórios, os preços variam pouco, chegando ao máximo de R$0,65/dose.

Com a arroba do boi gordo cotada em R$60,00 em Barretos/SP, o pecuarista compra quase 118 doses.

Porém, analisando os últimos treze meses, quem comprou a vacina em outubro do ano passado fez o melhor negócio, pois com uma arroba conseguiu 122,8 doses.

IMPORTÂNCIA E MANEJO

Segundo o médico veterinário Reuel Gonçalves, a brucelose pode causar aborto no terço final da gestação, nascimento prematuro, além de esterilidade. Como é uma zoonose, pode contaminar o ser humano, causando os mesmos danos.

Por isso é importante seguir um calendário de vacinação, e procurar um médico veterinário para requerer autorização para a compra da vacina e agendar a aplicação.

Para facilitar o manejo, é de rotina vacinar na época da desmama, pois assim se faz também a identificação das bezerras e a vacinação contra o carbúnculo.

Os pecuaristas que procuram diferenciar a produção, e atender mercados mais exigentes, podem se cadastrar no MAPA para a certificação de propriedades livres ou monitoradas de brucelose e de tuberculose.

O primeiro passo é testar todos os animais e sacrificar os casos positivos.

Os testes em todo o rebanho serão repetidos até a obtenção de três testes sem um único animal reagente positivo, ao longo de um período mínimo de nove meses.

A partir daí a propriedade é considerada livre dessas doenças.

O maior empecilho para a adesão à certificação é a exigência de dois testes negativos para o ingresso de animais na propriedade, se eles não forem provenientes de outra propriedade livre.

Os testes de diagnóstico para brucelose são realizados exclusivamente em fêmeas de idade igual ou superior a 24 meses, desde que vacinadas entre 3 e 8 meses.

Em média, tem sido cobrado R$6,00/cabeça para a realização dos testes. Portanto, só vale a pena aderir ao programa se o pecuarista receber a mais pelo seu produto, e se os animais que adquirir pertencerem a uma propriedade também certificada.

Independentemente da participação em programas de certificação, sem o atestado do teste negativo para brucelose e tuberculose, o pecuarista não recebe o Guia de Transito Animal (GTA), impossibilitando o transporte dos animais vendidos.

CONSIDERAÇÕES FINAIS

Para quem possui estação de monta e insemina a vacada em janeiro, junho é o último mês pra vacinar as fêmeas contra brucelose (que estariam hoje com 8 meses).

Já no Sul, onde a estação de monta acontece em junho, as bezerras estariam hoje com 3 meses. Quem ainda não comprou a vacina deve esperar um pouco, pois a expectativa de melhoria dos preços pagos pelo boi gordo promete uma relação de troca mais favorável. É importante ficar atento.

Os produtos veterinários apresentam uma tendência de pouca variação de preços ao longo dos meses.

Por isso é fundamental uma estratégia para a aquisição de vacinas, acompanhando as tendências do mercado do boi gordo e as promoções dos estabelecimentos.

Por: ana vasconcellos bueno