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Mercado do milho e soja

por Maria Gabriela Tonini
Quinta-feira, 28 de setembro de 2006 -22h17
SOJA

  • As empresas esmagadoras de soja no País estão ajudando a sustentar os preços do grão, mantendo firme a demanda interna. Caso contrário poderia haver maior recuo nas cotações, que seguem deprimidas.

  • Considerando os valores médios da saca no País, hoje tem-se preço 4,20% mais barato que em setembro de 2005. Considerando os Estados individualmente, foi no Mato Grosso o maior recuo de cotações, de cerca de 12,85% no mesmo período.

  • Ainda assim, os preços do mercado interno estão um pouco mais altos que os valores conseguidos com a exportação, mediante grande oferta mundial.

  • Serve de alerta aos produtores brasileiros os reflexos da colheita norte-americana de soja nos preços do grão negociados na CBOT. Com o avanço da colheita, os preços caíram. Estes valores se projetam quase que instantaneamente no comportamento do mercado nacional.

  • A boa notícia é que, para a próxima safra, existe a tendência de recuo na safra americana de soja. A demanda por etanol pode fazer com que o milho ocupe lugar da soja.

    MILHO

  • Assim como para a soja, os preços atuais do milho estão mais baixos que em setembro de 2005. Considerando as cotações médias das sacas negociadas no País, houve recuo de 7,40% nos últimos treze meses. No caso específico de São Paulo, houve reação dos preços. Desde setembro de 2005, a cotação da saca de milho aumentou, em média, 5,20%.

  • Mas em regiões de maior área cultivada e conseqüente maior produção, os preços estão mais baixos, considerando os valores nominais.

  • No Mato Grosso, o recuo foi acima de 12,0% no período. No caso do Paraná e Santa Catarina, Estados cuja produção de frango e suínos diminuiu por questões sanitárias mundiais, a menor demanda pelo milho forçou a queda de 10,5% e 14,80%, respectivamente, desde setembro de 2005.

  • Mas é válido lembrar que recentemente houve ligeira valorização do grão. A intervenção do governo nas negociações das sacas deixou a oferta um pouco mais enxuta.

  • Para a próxima safra, ainda existe muita indefinição no mercado em relação à área plantada e perspectivas de produção e de preços.